sábado, 29 de novembro de 2014

O PORQUÊ DAS DIFERENÇAS ENTRE OS EVANGELHOS

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Comentário sobre relato bíblico

Os estudos bíblicos se constituem numa vibrante área de pesquisa que publica de forma intensa. Isso se deve ao fascínio que os textos antigos exercem sobre os leitores contemporâneos, seja como texto de saber histórico, seja como texto que sempre se mostra aos leitores de forma renovada.

Por isso, a Bíblia é estudada numa riqueza de perspectivas, abordagens, métodos  e hermenêuticas. Ao interesse pelo texto bíblico soma-se a busca por sua origem, da mesma forma que pelos textos que lhe são vizinhos: os apócrifos, pseudepígrafos  e  os Manuscritos do Mar Morto. Comentário de Gabrielle Boccaccini, Departamento de Estudos do Oriente Próximo da  Universidade de Michigan, E.U.A

 
 
O porquê das diferenças entre os evangelhos
 
 Edmilson Schinelo

 

Os evangelhos não são biografia de Jesus. Quando foram escritos, não tinham a intenção de narrar nos detalhes o que se passou com o Nazareno. Com certo grau de humor, costumamos dizer o seguinte: se quisermos saber direitinho como foi a vida de Jesus, teremos que esperar nossa ressurreição e perguntar a ele. Mas é possível que a pergunta não faça mais sentido. Agora, se desejamos conhecer a experiência que as primeiras comunidades fizeram à luz do que Jesus disse e fez, aí sim podemos ler os evangelhos. E como as comunidades eram diferentes entre si, é normal que um mesmo fato a respeito da vida de Jesus tenha sido registrado de forma diferente por cada comunidade.

Para nosso olhar de fé, sabemos que a inspiração divina permitiu essa multiplicidade de relatos exatamente para que pudéssemos seguir aprendendo que as diferenças nos enriquecem e nos complementam. Se assim não fosse apenas um evangelho teria sido suficiente.

 

As diferenças entre os evangelhos, portanto, são fruto em primeiro lugar da vontade divina. Mas também de outras condições. Vejamos algumas.

1. Diferentes maneiras de se contar um mesmo fato

Em sua vida pública, Jesus constituiu um movimento itinerante, formado de mulheres e homens (veja Lc 8,1-3) e andou por cidades e povoados anunciando o Reino, curando as pessoas e propondo um jeito novo de viver. As coisas que disse e fez não foram anotadas de imediato, foram gravadas na mente e no coração das pessoas, que passaram a contar para seus filhos e filhas, na catequese, nas celebrações, na vida das primeiras comunidades. A isso nós chamamos de tradição oral. Somente mais tarde teve início o processo de redação dos textos, incialmente em forma de pequenas coleções (ditos de Jesus, relatos da paixão, coleção de parábolas, coleção de milagres etc). Ora, é evidente que um mesmo fato ou uma fala que tivessem um núcleo comum adquirissem “caminhos” e tradições diferentes na medida em que eram transmitidos “de boca em boca” por diferentes grupos. Na Bíblia também funciona o famoso “quem conta um conto aumenta um ponto”.

 

Esta é uma das razões porque um relato difere do outro (confira, a título de curiosidade, o relato do episódio de Jesus caminhando sobre as águas na versão de Mc 6,45-52 e na versão de Jo 6,16-21; se quiser, confira também com Mt 14,22-33). Veja também como a oração do Pai Nosso é diferente em Lc 11,1-4 e em Mt 6,9-13.

 

2. Épocas e contextos diferentes

Tomemos o seguinte exemplo: por defender a floresta e o povo empobrecido da Amazônia, contrariando os interesses das elites e do capital internacional, Chico Mendes foi assassinado em 22 de 1988, em Xapuri, no Acre. Seu testemunho repercute até hoje. Imaginemos o quanto seriam diferentes as histórias de sua vida se escritas nos anos que sucederem sua morte por gente ainda sofrendo ameaças, das histórias contadas por seus familiares e escritas por um neto seu que não o conheceu pessoalmente, 30 anos depois, já vivendo no Rio de Janeiro. Bem diferente seria também uma versão escrita por uma pessoa de algum país europeu que apenas escutou relatos orais. É impossível que a situação de quem escreve não se reflita no texto.

O mesmo aconteceu com os evangelhos. Ao escreverem os textos, as comunidades também foram influenciadas pelo contexto em que viviam.  Por volta do ano 70, época da destruição de Jerusalém pelos romanos, deve ter surgido o evangelho de Marcos, o primeiro dos quatro. Em várias passagens texto de Marcos é bastante marcado pelo silêncio e pelo medo. Em Marcos, Jesus morre em situação de abandono (compare Mc 15,33-39 com Jo 19,28-30). É como se a comunidade cristã, enfrentando a guerra e o massacre, estivesse repetindo o salmo: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste! (Sl 21,2). Cerca de 30 anos mais tarde, quando a comunidade de Joao relata o mesmo fato, já quer destacar um Jesus senhor da história e vencedor da morte, em condições de ele mesmo entregar o seu espírito, dizendo que tudo está consumado (Jo 19,30). Diferença de contextos.

3. Destinatários diferentes

Nos dias de hoje os evangelhos se destinam às nossas comunidades de fé. Mas à época em que foram escritos, tiveram destinatários diferentes. O evangelho de Mateus foi escrito para comunidades judaico-cristãs. É comum que acentue aspectos importantes para o judaísmo, como, por exemplo, o pleno cumprimento da lei (Mt 5,17-18). Enquanto em João o próprio Jesus viaja pela Samaria com seus discípulos (Jo 4), em Mateus ele diz que os discípulos não devem entrar em terras de samaritanos (Mt 10,5). O evangelho de Lucas tem como destinatárias as comunidades cristãs do mundo greco-romano, menos presas às tradições judaicas. O texto de Mt 10,5 não caberia no evangelho de Lucas. 

4. Diferentes acentos teológicos

No essencial os evangelhos coincidem: Deus envia se filho ao mundo, ele forma um grupo de seguidoras/es e vive servindo os pobres; sua forma de agir acaba desagradando as autoridades judaicas e romanas e por esse motivo é assassinado na cruz; mas ressuscita e as primeiras anunciadoras do novo são as mulheres. Esse fio comum perpassa os quatro relatos: Marcos, Mateus, Lucas e João.

Entretanto, cada evangelho tem sua especificidade teológica. Marcos apresenta Jesus como um curador da vida, alguém que passa a maior parte do tempo curando as pessoas e expulsando demônios. Mateus, por sua vez, insiste nos longos discursos de Jesus, apresentando-o como um rabino, um mestre da justiça. A dimensão do perdão e da salvação universal e mais destacada em Lucas do que em Mateus e Marcos. Para João, Jesus é o verbo que sempre existiu, mas ao se encarnar, ensina-nos a viver um discipulado de iguais.

Outro exemplo: na genealogia de Mateus, Jesus é descendente de Abraão (Mt 1,2). Como Abraão é pai do povo de Israel, Jesus é, portanto, um bom judeu. Já em Lucas, Jesus não é descendente apenas de Abraão, mas de Adão (Lc 3,38). Em sua visão mais universalista, Lucas apresenta Jesus não como filho do povo judeu, mas de toda a humanidade.

5. Uso diferente de textos do Primeiro Testamento

Dado o seu interesse teológico diferente ou mesmo a diferente tradição que preservou o fato, as comunidades também recorrem a diferentes textos que teriam sido ditos por Jesus em momentos específicos. No episódio da expulsão dos vendilhões do templo, de acordo com Marcos, Jesus teria dito: Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos, mas vocês fizeram dela um covil de ladrões. Já de acordo com o texto de João, as palavras de Jesus teriam sido outras: Não façam da casa de meu pai uma casa de comércio. Na verdade, enquanto o texto de Marcos recorre a Is 56,7 e a Jr 711, João faz uso de Zc 14,21. Ainda conforme João, os discípulos teriam se lembrado do Sl 69,10:O zelo por tua casa me devovará.

Outro exemplo é a última frase que Jesus teria dito na cruz, antes da morte. Enquanto Marcos cita o Salmo 22,2 (Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste!), Lucas cita o Salmo 31,6: Em tuas mãos entrego o meu espírito!

No relato da infância de Lucas, depois de nascer, Jesus volta de Jerusalém para a Galileia, não teria ido morar no Egito (cf Lc 2,39-40). Em Mateus, como Jesus e comparado a Moisés, ele vai morar no Egito, é perseguido por um novo faraó (Herodes), tem a ajuda dos magos (como Moisés teve das parteiras) e proclama, no monte a nova Lei, as Bem-aventuranças (Mt 5.1-12). Trata-se, na versão de Mateus de uma releitura do êxodo, como Oseias já havia feito: Do Egito chamei o meu filho (Os 11,2).

6. Um exercício prático

Tomemos o relato das mulheres indo ao túmulo na madrugada da ressurreição, presente nos quatro evangelhos: Mc 16,1-8; Mt 28,1-10; Lc 24,1-11 e Jo 20,1-18. Muitas diferenças podem ser observadas entre os relatos. Propomos aqui que identifiquemos apenas algumas, com base na resposta às seguintes perguntas: a) quem são as mulheres que vão ao túmulo na madrugada da ressurreição? Quem está lá para avisar as mulheres que Jesus está vivo ou para dirigir-lhes alguma palavra? Qual a reação das mulheres?

Comecemos pela segunda pergunta: em Marcos, encontramos um jovem de branco. A versão de Mateus se inspira em Marcos, mas no lugar do jovem aparece um anjo. Lucas também se inspira em Marcos, mas fala de dois homens com vestes resplandecentes. Tanto em Mateus como em Lucas funcionou o “quem conta um conto aumenta um ponto”. João menciona dois anjos, possivelmente por fazer referência ao novo jardim não manchado pela morte (Jo 19,41). Se no antigo jardim Deus colocou os querubins para impedir que o ser humano chegasse à árvore da vida (Gn 3,24), em Jo 20,12-13 os anjos são os primeiros a confortar a mulher, com a pergunta carinhosa depois repetida por Jesus: Por que choras?

Observemos a diferença quanto à reação das mulheres. Em Marcos, elas fogem em silêncio: não contaram nada a ninguém porque tinham medo (Mc 16,8). Já vimos que o contexto em que se escreveu o evangelho de Marcos é marcado pelo medo da perseguição romana. Nos demais textos, elas contam aos discípulos. O medo ainda permanece, mas elas contam. O texto de Mateus acrescenta que apesar do medo, elas estavam alegres (Mt 28,8). Sabemos que o texto de Mateus foi escrito cerca de 15 a 20 anos depois do texto de Marcos. As comunidades ainda experimentavam o medo, mas eram capazes de anunciar com mais alegria a ressurreição

 

Em relação à primeira pergunta, notemos que o nome de Maria Madalena está em todos os textos, o que nos permite concluir que ela foi a grande apóstola da ressurreição. Mas não há coincidência em relação aos nomes das demais mulheres. Por que? É muito possível que as comunidades tenham se recordado de mulheres que foram lideranças marcantes à sua própria tradição. Ou seja, para a comunidade de Marcos, além de Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e Salomé ficaram na memória da comunidade. Já de acordo com Lucas, o nome de Joana foi mais mencionado e ficou gravado (Lucas fala também de outras mulheres).

No caso de João, Maria Madalena vai só ao túmulo. E a narrativa tem um sentido bastante especial, baseando-se em dois textos do Primeiro Testamento. Por um lado, o texto refaz a trajetória da amada em busca do seu amado, conforme os belos poemas do Cântico dos Cânticos: Encontraram-me os guardas que rondavam a cidade: vocês viram o amado da minha vida? Passando por eles, contudo, encontrei o amado da minha vida. Agarrei-o e não vou soltá-lo (Ct 3,3-4). Por outro lado, Jo 20,1-18 apresenta-nos uma releitura da criação: trata-se de uma nova semana, um novo jardim e uma nova humanidade, representada em Jesus e em Maria Madalena. Relato de um encontro que transforma e que permitiria a ela dizer, quase parafraseando Gabriel García Marques: “Gosto de você pelo que você é, mas também pelo que sou quando estou com você!”

 

Fonte: CEBI - Centro de Estudos Bíblicos.

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sábado, 1 de novembro de 2014

AQUI OU NO ALÉM?

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Aqui ou no Além?

CONNIE KAY HOWARD

 

Muitas pessoas se perguntam acerca do além, e com razão. Deveria ser do interesse e preocupação primordial de cada um de nós, saber algo acerca de nosso futuro. As perguntas sobre a vida e a morte sempre deram margem a muitos pensamentos e desafios.

Mrs. Eddy [Mary Baker Eddy]  deixa bem claro os ensinamentos da Ciência Cristã acerca da morte e do além. Um estudo cuidadoso de suas declarações sobre esses pontos, com o auxílio das concordâncias, é do máximo proveito. Esses ensinamentos, conforme estão expostos em Ciência e Saúde e nos demais escritos de sua autoria, estão completamente de acordo com a doutrina de Cristo Jesus.

P1040293 - Foto  Edésio Ferreira Filho 

Baia da Babitonga, São Francisco do Sul - SC, Brasil

Primeiramente, necessitamos compreender que Deus é a Vida e que por isso Êle não conhece a morte. Para Deus, a Vida divina, e para o universo espiritual de Sua criação, inclusive o homem, não existe morte. A criação material é uma contrafação, isto é, um conceito errôneo acerca do homem, e as verdades acerca do ser não podem ser encontradas por meio dos sentidos materiais. Por isso, nosso sentido espiritual precisa ser utilizado a fim de que reconheçamos e demonstremos a verdade, ou seja, os fatos espirituais acêrca do homem e da Vida eterna.

Mrs. Eddy afirma: “A morte nada mais é senão outra fase do sonho de que a existência possa ser material” (Ciência e Saúde, p. 427). Dessa forma, para apreender e demonstrar as verdades acerca da Vida eterna, precisamos primeiramente e antes de mais nada, por meio de uma profunda purificação e espiritualização do pensamento, erradicar a falsa crença acerca da vida e da substância materiais. Isso pode ser feito aqui e agora mesmo, hoje, se estamos dispostos a identificar-nos radicalmente com a Verdade e pôr o eu de lado. A materialidade é um conceito errôneo ou êrro a respeito do homem. Portanto, precisamos mentalmente substituir essa mentira com as verdades sobre o ser, isento de morte, e da substância indestrutível, sem levar em conta o que o falso testemunho dos sentidos materiais diz.

A morte não pode sobrevir a Deus, por isso não pode sobrevir ao homem, Sua imagem e semelhança. Uma vez firmemente estabelecido esse fato, percebemos que na onipotência de Deus, a Vida divina, o seu oposto, a morte, não pode ter manifestação. Deus não partilha seu poder com nenhuma outra entidade. O que habilitou Jesus a ressuscitar os mortos foi sua compreensão pura acerca da vida imortal. Isso ele fez aqui, e instruiu seus seguidores a que também o fizessem (V. Mateus 10:8).

Quando alguém morre, segundo os sentidos materiais, ele só pode despertar para uma outra fase da existência mortal, para o fato de que a morte não o destruiu. Não entra, de uma forma milagrosa, no céu ou no inferno. O céu e o inferno são estados de consciência, e a mera crença de morrer não altera repentinamente a consciência da pessoa. O caminho para o céu, ou a unificação consciente com Deus, se encontra por meio da compreensão e da demonstração da Vida divina. A morte não é o limiar rumo à Vida.

O corpo, como matéria, é a manifestação da mente mortal; por isso, até que nos despojemos dessa mente e que ela seja corrigida pela Verdade, continuamos com um corpo semelhante ao que tínhamos antes da experiência da morte. A morte, em si, não traz nenhuma libertação da matéria, do pecado e da doença. Labutamos sob uma falsa impressão quando cremos que através da morte podemos escapar do erro ou libertar-nos dos sofrimentos por ele causados.

O indivíduo precisa elevar-se e corrigir os erros dos sentidos aqui e agora, porque se não o fizer aqui, terá de fazê-lo algum dia no além. O indivíduo não se torna perfeito ao morrer; a perfeição aparece ao nos libertarmos das crenças materiais, ao vencermos o pecado, a doença, e a morte.

Nossa libertação de todo o sofrimento e do corpo material vem com nossa ascensão para fora das crenças que são contrárias às verdades divinas acerca do ser. Podemos fazer isso, aqui ou no além, na proporção de nossa compreensão da verdade. “Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13:12).

Acreditar que a morte nos libertará do erro é um esforço mesmérico da mente mortal para ampliar suas próprias crenças falsas. Entorpece nossa espiritualidade e perpetua a complacência em pensar de acordo com o que é mortal. À medida que percebemos que não há momento mais propício do que o presente para resolver o grande problema do ser, não deixamos para amanhã o progresso que pode ser feito hoje.

Os fiéis trabalhadores na vinha da Verdade podem ficar seguros de que colherão na terra o galardão de seus trabalhos celestiais e suas obras os seguirão. Por outro lado Mrs. Eddy escreve: “O pecado e o êrro de que estamos possuídos no instante da morte não cessam naquele momento, mas perduram até a morte desses erros” (Ciência e Saúde, p. 290). Por isso, presumir que a crença da morte perdoa o pecado ou elimina o sentido material do corpo, é um engano.

Isso salienta a necessidade de progredir aqui e agora - a fim de encontrar o reino dos céus que está dentro de nós, a fim de espiritualizar hoje os nossos pensamentos e, portanto, o nosso conceito acerca do corpo. Quer aqui, quer no além, o reino dos céus, ou seja, a harmonia divina, precisa ser demonstrado por meio de nossa ascensão para fora das crenças da materialidade e seus acompanhantes, o pecado, a doença, e a morte, rumo aos fatos eternos e sempre presentes do ser em Deus, a Vida divina.

A velha crença de que quando alguém morre então “está com Deus” não pode ter nenhum fundamento científico. Se isso fosse verdade, a morte seria uma bênção, mas ela não é nem ajuda nem empecilho em nosso progresso rumo ao Espírito.

Quanto nos regozijamos ao despertar para o fato de que a vida é ininterrupta, e está para sempre unida com o Pai! Aqui e agora mesmo podemos começar a demonstrar esses fatos e encontrar nosso lugar na eternidade. Não precisamos esperar por algum suposto além.

 

Fonte: revista “O Arauto da Ciência Cristã", edição de janeiro de 1972  - © 1972 The Christian Science Publishing Society. Todos os direitos reservados

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