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O que é o tratamento pela Ciência Cristã?
Allison W. Phinney
Você sabe que os Cientistas Cristãos se apóiam na oração para curar. Mas você também já ouviu falar em tratamento pela Ciência Cristã* . E você quer saber qual é a diferença entre tratamento e oração.
Com efeito, esse tipo de tratamento é uma forma de oração baseada no fato de que Deus é o bem supremo e que Ele não cria doença nem erro. E estes não são sustentados por Sua lei. Um Cientista Cristão que esteja a "tratar" uma doença, por exemplo, esforça-se para reconhecer, com a maior amplidão de que for capaz, a totalidade da presença e bondade de Deus.
A oração assume diferentes formas, desde petição (pedindo simplesmente auxílio a Deus, por exemplo) até repetição de uma oração aprendida na infância. Mas o tratamento pela Ciência Cristã é a persistente aplicação das verdades espirituais a determinada situação, a fim de alcançar a cura.
De acordo com a Ciência Cristã, a doença, tal como qualquer outro tipo de discórdia humana, é, afinal, o resultado da ignorância, do medo ou do pecado da mente humana. A medicina mais eficaz não é, por isso, a receita de um medicamento ou qualquer outra forma refinada de matéria, mas sim a Mente divina e sua influência curativa.
Tal como os Cientistas Cristãos a encaram, essa compreensão de Deus como sendo infinito, sempre presente e absolutamente bondoso, é o meio que Cristo Jesus utilizava para curar. E assim como Paulo recomendou a todos os cristãos, o Cientista Cristão esforça-se por ter aquela Mente "que houve também em Cristo Jesus" 1.
1ª Igreja da Ciência Cristã de Blumenau, SC, Brasil
A teologia da Ciência Cristã realça a necessidade de profundo amor e genuíno viver cristão, a fim de tratar e curar por esse método científico cristão. Por isso, há que aprofundá-lo, não apenas notar que é uma forma diferente e, porventura, menos dispendiosa, de alternativa médica da "Nova Era". A pessoa que se dispuser a tratar com eficiência de acordo com a Ciência do Cristianismo, tem de enfrentar a entranhada resistência à totalidade de Deus, a Mente divina, que parece fazer parte da crença de ser o homem um mortal separado de Deus. Essa vitória não é alcançada sem esforço decidido, nem é ganha numa só batalha.
O que dá ao tratamento sua capacidade de curar, é o despertar para a compreensão de que Deus, Espírito ou Mente, é na realidade o bem todo-poderoso e o oposto a Deus não tem substância. O fato espiritual e científico é que Deus nunca criou coisa alguma que não fosse boa e que Ele mantém Seu amado filho, à Sua imagem, em integridade e perfeita saúde.
O tratamento da doença ou de qualquer outra discórdia implica ceder o pensamento àquilo que a Mente divina sabe e concede. A medicina do tratamento espiritual é a verdade inspirada do poder e da bondade sempre presente e absoluta de Deus, em medidas jamais esperadas ou imaginadas.
Enquanto a pessoa não tenha experimentado o efeito do tratamento pela Ciência Cristã, talvez lhe pareça difícil acreditar. Mas os testemunhos de curas, que aparecem mensalmente constantes neste periódico e o registro de curas, de mais de um século, a começar pelo último capítulo de cem páginas de testemunhos em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, intitulado "Frutos" e num capítulo semelhante do seu livro Miscellaneous Writings, são relatos feitos por pessoas serenas e responsáveis. A Sra. Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, descreve sucintamente a base dessas curas, ao afirmar: "A Ciência descreve a moléstia como sendo erro, como matéria contra a Mente, e o reverso do erro como que favorecendo os fatos relativos à saúde." 2
O tratamento é sempre uma forma de oração. No entanto, nem toda oração é tratamento. Durante um culto dominical ou reunião de testemunhos, por exemplo, posso orar pela congregação, mas não lhe dou tratamento. Também posso orar por um amigo hospitalizado e submetido a cuidados médicos, mas não o tratar.
O raciocínio subjacente é que, do tratamento pela Ciência Cristã, se espera que produza uma mudança benéfica no estado de pensamento do indivíduo, com o propósito de curar. Seu efeito sobre o paciente é poderoso e definitivo. Por isso, não pode ser ministrado sem o pedido e o conhecimento do indivíduo. Da mesma forma como você não utilizaria dois sistemas diferentes de psicologia ou de tratamento médico para o mesmo problema de uma só pessoa, porque interfeririam um com o outro, da mesma forma você não misturaria o tratamento pela Ciência Cristã com o da medicina. Pode ser que a intenção seja boa, mas o efeito final não seria benéfico.
Nos últimos cem anos acumularam-se evidências que demonstram o efeito das crenças das pessoas em seus corpos. Muitos estudos científicos objetivos, desde a porcentagem de curas após deslocação da retina 3 até ao efeito de placebo em funções estomacais 4 , para apenas mencionar duas em centenas, mostram que aquilo em que a mente humana acredita, tem muita importância.
A Ciência Cristã explica que não só é assim, mas que nem a matéria doente nem, por assim dizer, a matéria sadia, são, em si mesmas, verdadeira substância. Não passam de um prolongamento da crença e do pensamento humano. Por isso, mesmo quando a causa da doença é um vírus, um gene ou outro suposto mecanismo material, a fonte básica é o erro de crer que Deus, o Espírito, é menos do que Tudo. E a verdade curativa é que Deus é a grande e única causa real de nossa vida. Essa compreensão é a energia libertadora que constitui o âmago do tratamento pela Ciência Cristã.
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.. . .
A glória do Senhor se manifestará,
e toda a carne a verá,
pois a boca do Senhor o disse.. . .
Os que esperam no Senhor renovam as suas forças,
sobem com asas como águias,
correm e não se cansam,
caminham e não se fatigam.
Isaías 40:1, 5, 31
* Christian Science (kris'tiann sai'ennss - Ciência Cristã) 1 Filip. 2:5. 2 Ciência e Saúde, p. 319. 3 Ver Robert B. Reeves, Jr., "Healing and Salvation: Some Research and Its Implications", Union Theological Seminary Quarterly, Inverno de 1969, pp. 187-197. 4 Ver Richard M. Restak, M.D., The Mind (Toronto: Bantam Books, 1988), p. 160.
Fonte: edição de Maio de 1990 de "O Arauto da Ciência Cristã".
Autor: Allison W. Phinney, Jr., desempenhou diversos funções na Primeira Igreja de Cristo Cientista, A Igreja Mãe, em Boston, EUA. Tornou-se praticista, em 1978, professor de Ciência Cristã, em 1982, escreveu para as publicações da Sociedade Editora, foi conferencista e faz parte do Conselho de Diretores da Ciência Cristã, além de ser o Presidente do Conselho de Educação. Allison, ou Skip, como é conhecido pelos amigos e colegas, não é novo no Conselho de Educação, tendo ali trabalhado em vários cargos, ao longo dos anos, inclusive como Presidente em 1984 e 1985.
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