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Templo da Primeira Igreja de Cristo, Cientista, Concord, NH, USA..
Presente de Mary Baker Eddy aos estudantes de Ciência Cristã desta cidade.
“A Bíblia era lida, apreciada e amada pelas mulheres no século XIX, como é hoje. Naquela época, como hoje, mais mulheres frequentavam igrejas e liam a Bíblia. Mas elas eram impedidas de interpretá-las e excluídas das escolas de teologia e dos seminários. As mulheres encontraram outras maneiras de expressar ideias religiosas durante esse período.”
“[…] Mas Mary Baker Eddy não estava satisfeita com essa abordagem indireta. Ela não ficava satisfeita em apresentar o que ela aprendera da Bíblia na forma de poemas, hinos ou ficção. Ela desejava fazer algo diferente, ou seja, trabalhar diretamente com a Bíblia, e compartilhar o que ela havia aprendido de seu estudo.” O Arauto da Ciência Cristã, p.23, janeiro 2001
Dra. Ann Braude
Faculdade de Teologia
da Universidade Harvard
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Por que a Ciência Cristã
não é um “culto”
Nota da Redação: Desde os primórdios, formas erradas de apresentar os ensinamentos da Ciência Cristã foram postas em circulação pela crítica. Em anos recentes, essas críticas alcançaram nova amplitude na tentativa de rotular a Ciência Cristã de “culto não-cristão”.
Achamos que as seguintes perguntas e respostas sobre pontos-chave, preparadas pela Delegacia de Divulgação, serão de interesse de nossos leitores e de outras pessoas. Apresentamo-las no espírito das palavras de Mary Baker Eddy: “Uma mentira deixada a seu bel-prazer não é tão facilmente destruída como quando se diz a verdade sobre ela.” 1
A Ciência Cristã é, às vezes, atacada em nome do próprio cristianismo - particularmente por grupos que se atêm a um entendimento completamente literal das Escrituras e rotulam de anticristãos aqueles que não concordam com suas doutrinas.
Em anos recentes, os esforços de tais grupos para desacreditar a Ciência Cristã se tornaram altamente organizados e visíveis.
Conquanto isto seja particularmente verdadeiro nos Estados Unidos da América, esses esforços têm-se espalhado, cada vez mais, a grupos de orientação bíblica em outros países. Avalanches de tal propaganda, inclusive artigos, panfletos, fitas gravadas e livros, circulam hoje internacionalmente, às vezes como parte de atividades missionárias sinceras, mas mal-orientadas.
Os Cientistas Cristãos não pedem desculpas por suas crenças nem têm objeções à expressão honesta de diferenças teológicas por parte dos que deles discordam. Em muita da recente crítica, no entanto, a Ciência Cristã tem sido clamorosamente apresentada de maneira errada por aqueles que procuram rotulá-la de “culto não-cristão”.
Em geral, os ensinamentos da Ciência Cristã são torcidos de tal maneira que se tornam irreconhecíveis, e declarações contidas nos escritos de autoria da Sra. Eddy são empregadas fora do contexto e mal interpretadas, no esforço de sustentar aquela acusação.
A reação dos Cientistas Cristãos a tal crítica infundada vem sendo notavelmente moderada. Mas sua mansidão não indica, de modo algum, falta de convicção nem aquiescência aos métodos dos pretensos inimigos.
A veiculação de falsidades afasta-se claramente do padrão do verdadeiro cristianismo, mesmo quando alega vir em defesa dele. Ninguém sai ganhando com tais interpretações erradas. E dizer a verdade é uma exigência dos tempos atuais. Por meio de perguntas e respostas que apresentamos nesta série, lidaremos com algumas das imposições mais comumente veiculadas.
Pergunta: Que dizer da acusação generalizada de que a Ciência Cristã é um “culto”?
Resposta: O emprego desse termo em conexão com a Ciência Cristã, a não ser na sua significação de homenagem a Deus, é um engano. Em geral, o termo “culto” traz à lembrança o quadro de algum grupo esotérico às margens da sociedade, o qual segue cegamente uma personalidade dominadora.
No entanto, isto está tão distante desta denominação religiosa, a Ciência Cristã, a qual já tem mais de um século de idade, quanto se poderia imaginar! Cientistas Cristãos praticam os ensinamentos de sua religião porque estão convencidos de sua veracidade e não por um sentimento irracional e cego a respeito de Mary Baker Eddy. Suas igrejas e Salas de Leitura estão abertas a todos, e seus cultos dominicais e reuniões de testemunhos têm dignidade e são simples.
Alguns religionários, no entanto, tendem a confundir a questão quando não empregam o termo “culto” no sentido em que a maioria das pessoas o entende. Aplicam-no virtualmente a qualquer grupo que se afasta de determinadas doutrinas que eles acreditam serem bíblicas.
Isto, porém, é fazer com que as palavras signifiquem aquilo que se quer que signifiquem. Cristãos ponderados, pertencentes a muitas denominações religiosas, rejeitam a presunção de que qualquer grupo de pessoas tem direito a rotular de “culto” toda denominação que discorde da definição de cristianismo verdadeiro esposada por tal grupo.
1 The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 130.↑
Fonte: texto da edição de outubro de 1982 da revista O Arauto da Ciência Cristã - © 2013 The Christian Science Publishing Society. Todos os direitos reservados.
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Entrada principal da Primeira Igreja de Cristo, Cientista, Concord, NH, USA.
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Por que a Ciência Cristã não é um "culto" - 2
Nota da Redação: Desde os primórdios, formas erradas de apresentar os ensinamentos da Ciência Cristã foram postas em circulação pela crítica. Em anos recentes, essas críticas alcançaram nova amplitude na tentativa de rotular a Ciência Cristã de “culto não-cristão”.
Achamos que as seguintes perguntas e respostas sobre pontos-chave, preparadas pela Delegacia de Divulgação, serão de interesse de nossos leitores e de outras pessoas. Apresentamo-las no espírito das palavras de Mary Baker Eddy: “Uma mentira deixada a seu bel-prazer não é tão facilmente destruída como quando se diz a verdade sobre ela.” 1
Como usam os
Cientistas Cristãos a Bíblia?
Pergunta: Às vezes, dizem que os Cientistas Cristãos consideram o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras como segunda Bíblia, que substitui as Escrituras ou que é a esta, até mesmo, superior?
Resposta: Eis um ponto importante a ser esclarecido. Para os Cientistas Cristãos, nenhum livro pode ocupar o lugar da Bíblia. Eles não consideram o livro Ciência e Saúde como “segunda Bíblia” nem sequer como substituto da revelação bíblica. Uma chave não substitui a porta que deve descerrar - ela a abre.
De igual modo, os Cientistas Cristãos encaram os ensinamentos da Sra. Eddy como algo que lhes possibilita compreender o significado da Bíblia, sua profundidade e seu poder transformador. Estudam diariamente a Bíblia (usam basicamente a versão King James quando a estudam em inglês). Como um todo, provavelmente possuem dela um conhecimento tão profundo como o de qualquer outro grupo de cristãos.
Através dos anos, muitos Cientistas Cristãos ecoaram a gratidão que se depreende de um testemunho apresentado por pessoa que havia pouco se interessara pela Ciência Cristã. Esse testemunho está publicado no capítulo “Frutos” no livro Ciência e Saúde. Diz em parte: “A Bíblia, da qual eu conhecia bem pouca coisa, veio a ser meu estudo constante, minha alegria e meu guia.
O exemplar que comprei por ocasião de minha cura, está marcado desde o Gênesis até o Apocalipse. Foi tal a constância com que o tive em minhas mãos por três anos, que a capa se estragou e as folhas se desprenderam, e por isso teve de ser substituído por um novo. Muitas vezes, às duas e às três horas da manhã, encontrava-me estudando atentamente suas páginas, as quais se tornavam mais sagradas para mim, dia a dia....” 2
Pergunta: Realmente, não elevam os Cientistas Cristãos Mary Baker Eddy ao mesmo plano de Cristo Jesus e não a colocam até em seu lugar?
Resposta: Não - decididamente não. Se o fizessem não seriam de modo algum seguidores dela, pois nada pode ser mais contrário ao que ela própria ensinou. Repetidas vezes, a crítica cita frases fora do contexto e porções de declarações suas. A própria Sra. Eddy, no entanto, estabeleceu distinção categórica entre o papel dela como pessoa que descobriu a Ciência Cristã e a singularidade de Jesus como o Salvador da humanidade, a própria corporificação do Cristo.
Uma avaliação completa e honesta do que ela disse a esse respeito não deixará dúvida de sua posição clara. Perguntada por um jornal se ela se considerava um “segundo Cristo”, a Sra. Eddy replicou de forma característica: “Até a própria pergunta me causa um choque”, e continuou afirmando que “pensar em mim ou falar em mim de alguma maneira como se eu fora um Cristo, é sacrilégio.” 3 E, em sua nobre réplica a Mark Twain a esse respeito, ela explicou: “Em relação a este século permaneço como Descobridora, Fundadora e Líder, cristã. Considero a autodeificação uma blasfêmia.” 4
Pergunta: Mas o que dizer da maneira pela qual a Sra. Eddy e os seus seguidores utilizam a Bíblia? Alguns dizem que tomam citações bíblicas fora do contexto e as usam em apoio de crenças que realmente nada têm a ver com as Escrituras.
Resposta: A Sra. Eddy pesquisou a fundo e chegou à conclusão de haver encontrado o significado vivo, prático, da Bíblia, aplicável ao viver diário. Refere-se contínua e naturalmente à Bíblia, discorre sobre muitas histórias e trechos bíblicos e, muitíssimas vezes, cita textos bíblicos para tornar mais claro um assunto.
Todo o seu ensino, porém, visa a transmitir o significado espiritual da Bíblia, as leis espirituais permanentes ou científicas, subjacentes na Bíblia. Não faz parte de sua natureza escolher um trecho bíblico, tirá-lo fora do contexto, e daí construir em cima desse trecho um argumento teológico.
De fato, esse é um dos traços muito mais típicos da maneira em que muitos religionários justificam a legalidade de suas doutrinas e procuram desacreditar os ensinamentos de que discordam.
Exemplo disso é o hábito de citar 1 João 1:8 para refutar a descrição que a Sra. Eddy faz do homem criado à imagem de Deus, como sendo “incapaz de pecar” 5 .
O versículo bíblico diz: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” Isso, é claro, refere-se ao “velho homem” do qual precisamos nos despojar6 , homem esse concebido no pecado e formado na iniqüidade 7.
Se os críticos da Sra. Eddy continuassem a leitura, ao chegarem a 1 João 3:9, verificariam que o autor dessa epístola está dizendo exatamente o que ela diz com respeito ao verdadeiro homem criado por Deus. “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”
Em outras palavras, quando se lê os versículos bíblicos e as declarações da Sra. Eddy no texto completo, verifica-se que ambos fazem a mesma distinção básica entre o homem compreendido como o filho espiritual de Deus e os mortais errantes que precisam, de fato, nascer de novo.
Também não é justo para com as Escrituras nem para com os escritos da Sra. Eddy tomar textos e citações isolados e comparar uns contra os outros. Quanto à questão de se os ensinamentos da Ciência Cristã estão ou não estão em harmonia com as Escrituras, a Sra. Eddy recomenda que isso seja deixado a critério do pesquisador e que nesse assunto ninguém aceite o ponto de vista de outrem.
Como afirma em Ciência e Saúde: “Caro leitor, tu mesmo podes pôr à prova a Ciência da cura e certificar-te, assim, se a autora te deu a interpretação correta das Escrituras.” 8
Eu rogarei ao Pai,
e ele vos dará outro Consolador,
a fim de que esteja para sempre convosco,
o Espírito da verdade,
que o mundo não pode receber,
porque não no vê,
nem o conhece; vós o conheceis,
porque ele habita convosco e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos,
voltarei para vós outros.
João 14:16–18
1 The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 130.↑ 2 Ciência e Saúde, p. 681.↑ 3 Pulpit and Press, pp. 74–75.↑ 4 Miscellany, p. 302.↑ 5 Ciência e Saúde, p. 475.↑ 6 Efésios 4:22.↑ 7 Citado em Ciência e Saúde, p. 476.↑ 8 Ibid., p. 547.↑
Fonte: texto da edição de novembro de 1982 da revista O Arauto da Ciência Cristã - © 2013 The Christian Science Publishing Society. Todos os direitos reservados.
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Primeira Igreja de Cristo, Cientista,
Manchester, Inglaterra.
Edifício de igreja encomendado em 1902, ao arquiteto Edgar Wood, por um grupo de cientistas cristãos liderados por Lady Victoria Alexandrina Murry, uma filha do conde e condessa de Dunmore e afilhada da rainha Victoria. Construído entre 1903 e 1904, na Daisy Bank Road, Victoria Park, Fallowfield, Manchester, Inglaterra, foi a primeira igreja da Ciência Cristã na Grã-Bretanha e a segunda na Europa.
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Por que a Ciência Cristã não é um "culto" – 3
Nota da Redação: Desde os primórdios, formas erradas de apresentar os ensinamentos da Ciência Cristã foram postas em circulação pela crítica. Em anos recentes, essas críticas alcançaram nova amplitude na tentativa de rotular a Ciência Cristã de “culto não-cristão”.
Achamos que as seguintes perguntas e respostas sobre pontos-chave [apresentadas em sete partes], preparadas pela Delegacia de Divulgação, serão de interesse de nossos leitores e de outras pessoas. Apresentamo-las no espírito das palavras de Mary Baker Eddy: “Uma mentira deixada a seu bel-prazer não é tão facilmente destruída como quando se diz a verdade sobre ela.” 1
Ciência Cristã - abstração fria
ou cristianismo cálido?
Pergunta: No dizer de algumas pessoas a Ciência Cristã mantém um ponto de vista filosófico e abstrato a respeito de Deus como princípio impessoal, frio, a quem não se pode realmente amar nem nele confiar nem a ele recorrer em busca de ajuda, e não é, por isso, realmente cristã.
Resposta: Poderá haver conceito menos abstrato e frio acerca de Deus do que o expresso pela Sra. Eddy em sua mensagem de comunhão em 1896, dirigida a A Igreja Mãe: “Pois ‘que deus é tão grande como o nosso Deus?’, imutável, todo-sábio, todo justo, todo misericordioso; Vida, Verdade e Amor que ama e vive eternamente: que consola os que choram, que aos cativos abre a porta da prisão, que cuida da avezinha, que se compadece mais do que um pai se compadeceria; que cura os enfermos, limpa os leprosos, ressuscita os mortos e salva os pecadores” 2 ?
Sim, a Ciência Cristã afasta-se nitidamente do ponto de vista antropomorfo de que Deus seja um ser mutável que ama, odeia e inflige sofrimento terrível às Suas criaturas. E os Cientistas Cristãos sentem-se muito gratos por terem sido libertos de um ponto de vista tão circunscrito a respeito de Deus como se fosse menos do que inteiramente bom, ponto de vista esse que não conforta nem cura, nem redime.
Eles O vêem como o Princípio infinito e divino, o Amor, e ao mesmo tempo como Pai e Mãe do universo, Aquele de quem Tiago pôde escrever: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança.” 3
Este é verdadeiramente o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, e não “o Deus dos filósofos”. Este é o Deus a quem podemos amar na plenitude do mandamento bíblico: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” 4
E quando Cientistas Cristãos se referem a Deus como Amor ou Espírito, ou Verdade, fazem-no exatamente no mesmo sentido em que as próprias Escrituras aplicam esses termos com relação a Deus.
Pergunta: Os Cientistas Cristãos se referem a Deus como o Tudo-em-tudo. Acaso não corrobora isso o fato de que a Ciência Cristã é realmente uma forma de panteísmo análoga ao hinduísmo?
Resposta: Não, não para quem cuidadosamente se inteirou do que ela realmente ensina sobre esse ponto. A Ciência Cristã mantém distinção clara e coerente entre Deus como o criador, ou Pai, e o homem inclusive o universo como Sua criação.
Falar em Deus como o Tudo é declarar Sua infinidade que a tudo abrange e sublinha o ponto essencial na Ciência Cristã de que não pode haver entidade real nem poder opostos a Deus. Mas isso não elimina o ponto essencial resumido nas palavras de Ciência e Saúde: “O homem não é Deus, e Deus não é o homem.” 5
Tampouco apóia a controvérsia de que a Ciência Cristã seja análoga ao hinduísmo. Os ensinamentos da Ciência Cristã estão inteiramente de acordo com o reconhecimento de S. Paulo, de que “nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos”6 .
Nem no Novo Testamento nem na Ciência Cristã encontra-se sugestão alguma de que o ser individual seja absorvido na “plenitude daquele que a tudo enche em todas as cousas” 7. Ao invés disto, em ambos se indica a variedade de modos pelos quais se expressa a individualidade, “mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” 8.
1 The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 130.↑ 2 Miscellaneous Writings, p. 124.↑ 3 Tiago 1:17.↑ 4 Mateus 22:37.↑ 5 Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, p. 480.↑ 6 Atos 17:28.↑ 7 Efésios 1:23.↑ 8 1 Cor. 12:6.↑
Fonte: texto da edição de dezembro de 1982 da revista O Arauto da Ciência Cristã - © 2013 The Christian Science Publishing Society. Todos os direitos reservados.
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Centro da Ciência Cristã em Boston e seu espelho d'água. A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, ou "A Igreja Mãe", em Boston remonta a 1894 e é o ponto focal do complexo da sede de 14 hectares da religião, localizado na Huntington Avenue em Boston, Massachusetts, EUA.
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Por que a Ciência Cristã não é um "culto" - 4
Nota da Redação: Desde os primórdios, formas erradas de apresentar os ensinamentos da Ciência Cristã foram postas em circulação pela crítica. Em anos recentes, essas críticas alcançaram nova amplitude na tentativa de rotular a Ciência Cristã de “culto não-cristão”.
Achamos que as seguintes perguntas e respostas sobre pontos-chave, preparadas pela Delegacia de Divulgação, serão de interesse de nossos leitores e de outras pessoas. Apresentamo-las no espírito das palavras de Mary Baker Eddy: “Uma mentira deixada a seu bel-prazer não é tão facilmente destruída como quando se diz a verdade sobre ela.” 1
A missão e o significado
de Cristo Jesus
Pergunta: Acaso não é verdade que os Cientistas Cristãos separam Jesus do Cristo e afirmam que Jesus foi apenas um bom homem?
Resposta: Trechos típicos dos escritos da Sra. Eddy que jamais ou raramente são mencionados pelos religiosos que a criticam, contêm declarações como estas: “A divindade do Cristo tornou-se manifesta na humanidade de Jesus” e “Esse Cristo, ou divindade do homem Jesus, era sua natureza divina, a santidade que o animava.” 2
A Ciência Cristã faz distinção entre o título divino do Salvador como Cristo e sua história humana como Jesus. No entanto, jamais separa os dois, pois aceita plenamente Jesus como a encarnação ou a corporificação do Cristo.
Por vezes, críticos que se dizem ex-Cientistas Cristãos, lamentam nunca haverem aprendido algo sobre Jesus na Ciência Cristã. É de admirar como essas pessoas podem ter deixado de ler um dos discursos mais comoventes e profundos sobre sua vida até hoje escrito, o capítulo “Reconciliação e Eucaristia” no livro Ciência e Saúde.
Há, por certo, diferença teológica legítima entre Cientistas Cristãos e religiões que acreditam que Jesus é Deus. Mas os Cientistas Cristãos acreditam que Jesus demonstrou completamente e de maneira inigualável a filiação espiritual do homem com Deus.
Além disso, consideram que essa filiação espiritual define a verdadeira natureza do homem criado à semelhança de Deus. Cientistas Cristãos amam e reverenciam Jesus não somente como seu Senhor e Mestre, mas também como o Modelo para toda a humanidade. Paulo escreve: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” 3 e entendem que esse “sentimento”, ou motivação, é divino.
Resumindo, reconhecem cheios de gratidão o Messiado de Cristo Jesus, sua relevância humana e divina na história como o mediador entre Deus e os homens, o “único imaculado”, o “mais alto representante terrestre de Deus”, “Jesus, o coroado de Deus, ou o homem divinamente real” 4 .
Pergunta: A maioria dos cristãos acredita que o advento de Jesus na carne e sua crucificação e ressurreição foram acontecimentos cruciais na história da humanidade. Quando Cientistas Cristãos dizem que a matéria é irreal, acaso não negam o próprio significado desses acontecimentos, até mesmo que tenham tido lugar?
Resposta: Jamais cristão algum poderia tomar o registro evangélico da vida de Cristo Jesus, inclusive seu nascimento virginal, sua crucificação e ressurreição corpórea, de maneira mais literal e mais séria do que o Cientista Cristão. Esses são acontecimentos históricos no sentido mais amplo do termo.
A Sra. Eddy escreve com referência ao “ceticismo perigoso” quanto a esse assunto: “Cristãos e Cientistas Cristãos sabem que se o Antigo Testamento e as narrativas dos evangelhos nunca tivessem sido escritos, a natureza do cristianismo, tal como foi ilustrada na vida de nosso Senhor, e a verdade contida nas Escrituras, são suficientes para autenticar o cristianismo do Cristo como o ideal perfeito.” 5
O parágrafo anterior ajuda a explicar uma afirmação feita pela Sra. Eddy, a qual invariavelmente é usada fora de contexto pelos críticos religiosos: “Se nunca tivesse existido tal pessoa como o profeta da Galiléia, isso não faria diferença para mim.” 6
Apesar de seus escritos caracterizarem-se por constantes referências à suprema importância da vida e do exemplo de Jesus, aqueles que a difamam procuram, em vez disso, trechos isolados que se possam ajustar ao significado que eles querem dar.
No caso em foco, a Sra. Eddy estava descrevendo o que havia dito a um difamador agnóstico que a havia desafiado a comprovar a existência de Jesus. Após as palavras citadas, ela escreveu: “Eu ainda saberia que o ideal espiritual de Deus é o único homem verdadeiro à Sua imagem e semelhança.”
Em termos não completamente dessemelhantes, o evangelista Billy Graham tem afirmado que mesmo “se não houvesse registro histórico da vida e do ministério de Jesus, ele ainda seria real para mim, porque eu o conheço pela minha experiência pessoal e diária” 7.
Com alegria, Cientistas Cristãos enfatizam a importância da ressureição real de Jesus após ter ele sido enterrado, enquanto algumas pessoas de outras igrejas duvidam dessa verdade e ainda assim permanecem de nome no rebanho cristão.
A veracidade da ressurreição sustenta a fé dos Cientistas Cristãos na supremacia do poder espiritual sobre o material. E é fundamental à prática da cura por meio da qual procuram comprovar, passo a passo, que a matéria e suas limitações não fazem parte da realidade estabelecida por Deus.
Pergunta: Como podem Cientistas Cristãos dizer que Cristo é apenas uma idéia?
Resposta: Eles não o afirmam. Tal como não afirmam que Deus é “apenas” o Ser Supremo. Cristo é “a idéia de Deus” 8 e não do homem — é a própria presença e o próprio poder de Deus. A Sra. Eddy escreve sobre “a presença viva e palpitante do Cristo” 9 , que cura os doentes, e que “é o Cristo vivo, a Verdade prática, que faz de Jesus ‘a ressurreição e a vida’ para todos os que o seguem em seus atos” 10 .
Talvez o cristão tradicional não consiga compreender facilmente esse ponto, mas o poder do Cristo, o espírito do Cristo, expresso no viver, sempre se faz sentir. Separa decisivamente a cura cristã de toda e qualquer forma de cura pela mente humana e regenera enquanto cura.
Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando:
Que faremos para realizar
as obras de Deus?
Respondeu-lhes Jesus:
A obra de Deus é esta,
que creiais naquele
que por ele foi enviado.
João 6: 28, 29
1 The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 130.↑ 2 Ciência e Saúde, pp. 25–26.↑ 3 Filip. 2:5.↑ 4 Message to The Mother Church for 1901 de autoria da Sra. Eddy, p. 8, e Ciência e Saúde, pp. 52 e 313.↑ 5 Miscellany, p. 179.↑ 6 Ibid., pp. 318–319.↑ 7 Citado por Robert Peel, em Christian Science: Its Encounter with American Culture (Nova Iorque:Henry Holt and Company, 1958), p. 193.↑ 8 Ciência e Saúde, p. 565.↑ 9 Ibid., p. 351.↑ 10 Ibid., p. 31.↑
Fonte: texto da edição de janeiro de 1983 da revista O Arauto da Ciência Cristã - © 2013 The Christian Science Publishing Society. Todos os direitos reservados.
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Nota: as três últimas partes da série, com perguntas e respostas sobre pontos chave a respeito da Ciência Cristã, preparadas pela Delegacia de Divulgação, presente nas edições de outubro de 1982 a abril de 1984 da revista “O Arauto da Ciência Cristã” , serão publicadas na próxima semana.
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▪ Recomendamos a leitura da RÉPLICA CORRETIVA PARA A OPINIÃO PÚBLICA sobre artigo anônimo que circula pela internet há muitos anos sobre a Ciência Cristã.
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