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Ao usarmos símbolos
para transmitir conceitos espirituais é importante compreender que não há duas
realidades ou substâncias — o símbolo material e a ideia espiritual — mas,
apenas uma, a espiritual. Caso contrário, o uso de símbolos poderá conduzir-nos
a concepções errôneas a respeito da verdadeira existência.
Por exemplo, ao
usar símbolos da natureza para o ensino espiritual deve-se tomar cuidado para
não conceder importância imerecida às coisas mundanas. Os pagãos adoradores do
sol cometeram esse engano quando não lhes ocorreu olhar além do símbolo, e como
consequência não viram a luz espiritual [...].
Continue lendo para saber o que Lowell N. Cannon escreve para "O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ" sobre este tema.
Continue lendo para saber o que Lowell N. Cannon escreve para "O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ" sobre este tema.
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A substância em contraste com os símbolos
Lowell N. Cannon
No mundo de hoje as posses materiais e a realização humana são amplamente consideradas
como sinal de sucesso. São, porém, esses fatores substância de per si? Para
responder a essa pergunta precisamos em primeiro lugar compreender a natureza
da verdadeira substância.
Compreendemos
na Ciência Cristã que substância é aquilo que é indestrutível e eterno. Deus, o
Espírito, é substância. A criação espiritual de Deus, o homem e o universo,
reflete a substância de Deus, o bem.
A matéria, sendo o oposto ou a contrafação do Espírito, não tem parte em Deus ou em Sua manifestação. As coisas materiais, portanto, por mais importantes ou reais que pareçam ser, não constituem a verdadeira substância. Só é substancial aquilo que é espiritual.
A matéria, sendo o oposto ou a contrafação do Espírito, não tem parte em Deus ou em Sua manifestação. As coisas materiais, portanto, por mais importantes ou reais que pareçam ser, não constituem a verdadeira substância. Só é substancial aquilo que é espiritual.
A
compreensão de que a substância é espiritual, ao invés de material, não impede
o atendimento das necessidades humanas, mas auxilia-nos a satisfazê-las. Por
trás de cada necessidade humana legítima há uma idéia espiritual correta, ou
seja, a verdadeira substância daquilo que pensamos necessita.
Quando parece que necessitamos de mais dinheiro, de melhor saúde ou de novo emprego, podemos entender que nossa verdadeira necessidade é de maior compreensão a respeito de idéias espirituais. Então, como subproduto dessa compreensão, nossa necessidade humana encontrará sua solução. Disse Cristo Jesus: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” 1
Quando parece que necessitamos de mais dinheiro, de melhor saúde ou de novo emprego, podemos entender que nossa verdadeira necessidade é de maior compreensão a respeito de idéias espirituais. Então, como subproduto dessa compreensão, nossa necessidade humana encontrará sua solução. Disse Cristo Jesus: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” 1
Suponhamos
que você ou eu necessitemos de moradia. Nossa necessidade primordial será a de
compreender melhor o conceito espiritual de lar, que inclui qualidades como
beleza, ordem, estabilidade, paz espiritual e amor abnegado.
À medida
que permitirmos a essa verdadeira idéia de estabelecer-se em nosso pensamento e
governar nossas ações, tal idéia encontrará naturalmente meios de se expressar
em nossa vida sob a forma de um lugar adequado para morar, porque nossa
experiência manifesta a qualidade de nosso pensamento.
Mesmo que
o bem que de momento estejamos usufruindo, tal como saúde ou suprimento, pareça
ter sido repentinamente subtraído de nós, não precisamos nos desesperar. A
verdadeira substância não se encontra circunscrita a um símbolo material e,
como conseqüência, não pode ser perdida, roubada, rompida, nem pode decair.
A
expressão humana de alguma idéia vital talvez pareça ter sido destruída, mas a
substância espiritual daquela idéia permanece intata na Mente. Compreender esse
fato tem como resultado a restauração daquilo que parecia estar perdido, ou a
compensação pela perda. O relato bíblico da história de Jó ilustra esse ponto.
Ao ver-se
privado de saúde e de bens materiais, Jó procurou conhecer melhor a Deus. Sua
busca resultou não só numa compreensão mais elevada de Deus, mas também numa
recuperação total da saúde e do suprimento.
A Bíblia
relata-nos que Deus lhe deu “o dobro de tudo o que antes possuíra”. Agora Jó
tornara-se de fato um homem de bens substanciais. Possuía saúde, suprimento em
abundância e, o que é mais importante, uma compreensão da substância que estava
por trás desses sinais exteriorizados do amor de Deus. “Assim abençoou o Senhor
o último estado de Jó mais do que o primeiro”.2
Embora
sejam gratos por todas as expressões visíveis do bem, os Cientistas Cristãos
reconhecem que tais símbolos apresentam apenas uma tênue idéia da verdadeira
substância. A Sra. Eddy diz-nos: “Nosso mais elevado conceito do bem infinito
nesta esfera mortal é apenas o sinal e o símbolo, não a
substância do bem.3
Há outro
tipo de símbolo que aponta para a realidade espiritual e que nos serve de
degrau, conduzindo-nos a uma compreensão mais elevada da substância espiritual.
A
Descobridora da Ciência Cristã achou esse último tipo de símbolo
particularmente útil quando tentava transmitir verdades espirituais em termos
humanamente compreensíveis. “O ensino espiritual”, escreve a Sra. Eddy, “sempre deve ser por meio de símbolos” 4.
Do começo
ao fim as Escrituras estão repletas de linguagem simbólica. O Mestre, Cristo
Jesus, muitas vezes ensinou por meio de parábolas e analogias, referindo-se a
objetos da natureza com que todos estavam familiarizados, para descrever o
reino dos céus.
Referências
a rocha e areia, pastor e ovelhas, joio e trigo, semente e semeador, fermento e
farinha, auxiliavam seus ouvintes a compreender a bondade e a permanência da
substância espiritual bem como a insubstancialidade do materialismo e do mal.
Composição de uma supernova
Também a Sra. Eddy faz uso de símbolos da natureza para comunicar ensinamentos da Ciência divina. Refere-se, por exemplo, ao sol como o símbolo do governo da Alma. Algumas vezes usa a palavra “rocha” para indicar a estabilidade e permanência da Verdade. Fala, também, da esfera como representando a bondade da Mente infinita e a Vida eterna, sem começo nem fim.
Ao
usarmos símbolos para transmitir conceitos espirituais é importante compreender
que não há duas realidades ou substâncias — o símbolo material e a idéia espiritual
— mas, apenas uma, a espiritual. Caso contrário, o uso de símbolos poderá
conduzir-nos a concepções errôneas a respeito da verdadeira existência.
Por
exemplo, ao usar símbolos da natureza para o ensino espiritual deve-se tomar
cuidado para não conceder importância imerecida às coisas mundanas. Os pagãos
adoradores do sol cometeram esse engano quando não lhes ocorreu olhar além do
símbolo, e como consequência não viram a luz espiritual.
S. Paulo
nos mostra a maneira cristã de não se absorver “nas cousas que se vêem, mas nas
que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são
eternas” 5.
A Ciência
Cristã deixa claro que é a substância que está além do símbolo o que tem
significado supremo. E à medida que nos elevarmos na compreensão do Espírito,
os símbolos materiais naturalmente desvanecer-se-ão da vista até que finalmente
seremos capazes de nos desfazer de tudo aquilo que é finito em favor da
substância da Mente, indispensável e infinita, a única realidade.
O poeta Whittier referia-se à natureza fugaz
dos símbolos materiais e à eterna substância do Espírito, quando escreveu:
Falha a letra, caem os sistemas,
Todo símbolo fenece:
O Espírito a nos afagar,
Amor eterno, permanece.6
1 Mateus 6:33; 2 Jó 42:10, 12; 3 Unity of Good, p. 61; 4 Ciência e Saúde, p. 575; 5 2 Cor. 4:18; 6 Christian Science Hymnal, n°. 142.
Fonte: revista
”O Arauto da Ciência Cristã”, edição
de janeiro de 1980. The Christian Science Publishing
Society, todos os direitos reservados.
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