Fonte: Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras por Mary Baker Eddy, edição em português - 2014, The Christian Science Board of Directors, Sociedade Editora da Ciência Cristã. Todos os direitos reservados.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
ARCA: feliz ano de 2016
Fonte: Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras por Mary Baker Eddy, edição em português - 2014, The Christian Science Board of Directors, Sociedade Editora da Ciência Cristã. Todos os direitos reservados.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
A CURA CRISTÃ - palestra em Curitiba, PR, Brasil.
Professora de Ciência Cristã, recém formada
pelo Conselho de Educação da Ciência Cristã.
Ministrará Classes, a partir de 2016, na cidade do Rio de Janeiro.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
A MULHER CANANEIA AJUDA JESUS A DESCOBRIR A VONTADE DO PAI
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Comentário sobre relato bíblico
"Os estudos bíblicos se constituem numa vibrante área de pesquisa que publica de forma intensa. Isso deve-se ao fascínio que os textos antigos exercem sobre os leitores contemporâneos, seja como texto de saber histórico, seja como texto que sempre se mostra aos leitores de forma renovada.
Por isso, a Bíblia é estudada numa riqueza de perspectivas, abordagens, métodos e hermenêuticas. Ao interesse pelo texto bíblico soma-se a busca por sua origem, da mesma forma que pelos textos que lhe são vizinhos: os apócrifos, pseudepígrafos, os Manuscritos do Mar Morto." Gabrielle Boccaccini, Departamento de Estudos do Oriente Próximo da Universidade de Michigan, E.U.A.
"Geralmente, o caminho da religião organizada faz com que a vida sirva à palavra. Também no barco de Pedro se presentifica a inversão desse vício. A palavra de Jesus de Nazaré é fascinante porque é palavra que serve à vida. Daí deriva a liberdade interpretativa de Jesus perante a Lei: "ouvistes o que foi dito aos antigos, mas eu vos digo...". Se o povo se aglomera junto ao lago de Genesaré (e em muitos outros lugares) para ouvir e dar assentimento a essa palavra fascinante que serve à vida, é porque já doíam as algemas de uma vida subserviente à palavra da religião. Portanto, essa palavra é fascinante porque é palavra libertadora e emancipadora." Paulo Nascimento
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A mulher Cananeia ajuda Jesus a descobrir
a vontade do Pai
1. No bairro onde você vive tem gente de outras religiões? Quais? Você conversa normalmente com pessoas de outra religião?
2. Como você faz, concretamente, para conviver em paz com pessoas de outras igrejas cristãs ou com espíritas?
Situando
1. Jesus vai tentando abrir a mentalidade dos discípulos e do povo para além da visão tradicional. Na multiplicação dos pães, ele tinha insistido na partilha (Mc 6,30-44). Na discussão sobre o puro e o impuro, tinha declarado puros todos os alimentos (Mc 7,1-23). Agora, neste episódio da mulher Cananeia, ele ultrapassa as fronteiras do território nacional e acolhe uma mulher estrangeira que não era do povo e com a qual era proibido conversar. Estas iniciativas de Jesus, nascidas da sua experiência de Deus como Pai, eram estranhas para a mentalidade do povo da época. Cresce para eles o mistério, aparece o não-entender.
2. A abertura crescente de Jesus era uma ajuda muito importante para as comunidades do tempo de Marcos. Elas eram um grupo pequeno, perdido naquele mundo hostil do Império Romano. Quando um grupo é minoria, sofre a tentação de se fechar sobre si mesmo. A atitude de abertura de Jesus era um estímulo para as comunidades não se fecharem, mas manterem bem viva a consciência missionária de anunciar a Boa-nova de Deus a todos os povos, como Jesus tinha pedido com tanta insistência.
Comentando
1. Marcos 7,24: Jesus sai do território
No Círculo anterior, em Mc 7,1-23, Jesus tinha criticado a incoerência da “Tradição dos Antigos” e tinha ajudado o povo e os discípulos a sair da prisão das leis de pureza. Aqui, em Mc 7,24, ele sai da Galileia. Parece querer sair da prisão do território e da raça. Estando no estrangeiro, ele não quer ser conhecido. Mas a sua fama já tinha chegado antes. O povo ficou sabendo e faz apelo a Jesus.
2. Marcos 7,25-26: A situação
Uma mulher chega perto e começa a pedir pela filha doente. Marcos diz explicitamente que ela era de outra raça e de outra religião. Isto é, era uma pagã.
Ela se lança aos pés de Jesus e começa a suplicar pela cura da filha que estava possuída por um espírito impuro. Os pagãos não tinham problema em recorrer a Jesus. Os judeus é que tinham problemas em conviver com os pagãos!
3. Marcos 7,27: A resposta de Jesus
Fiel às normas da sua religião, Jesus diz que não convém tirar o pão dos filhos e dar aos cachorrinhos. Frase dura. A comparação vinha da vida em família. Até hoje, criança e cachorro é o que mais tem nos bairros pobres. Jesus afirma uma coisa certa: nenhuma mãe tira o pão da boca dos filhos para dar aos cachorrinhos. No caso, os filhos eram o povo judeu e os cachorrinhos, os pagãos.
Nos outros evangelhos, Jesus explica o porquê da sua recusa: “Não fui enviado a não ser para as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15,24). Ou seja: “O Pai não quer que eu atenda a senhora!”
4. Marcos 7,28: A reação da mulher
Ela concorda com Jesus, mas amplia a comparação e a aplica ao caso dela: “É verdade, Jesus! O senhor tem razão, mas os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa das crianças!” Ela simplesmente tirou as conclusões da parábola que Jesus contou e mostrou que, até na casa de Jesus, os cachorrinhos comiam das migalhas que caíam da mesa das crianças. E na “casa de Jesus”, isto é, na comunidade cristã, a multiplicação do pão para os filhos foi tão abundante que estavam sobrando 12 cestos para os “cachorrinhos”, isto é, para os pagãos!
5. Marcos 7,29-30: A reação de Jesus
“Pelo que disseste: Vai! O demônio saiu da tua filha!” Nos outros evangelhos se explicita: “Grande é a tua fé! Seja feito como queres!” (Mt 15,28). Se Jesus atende ao pedido da mulher, é porque compreendeu que, agora, o Pai queria que ele acolhesse o pedido dela. Este episódio ajuda a perceber algo do mistério que envolvia a pessoa de Jesus e como ele convivia com o Pai. Era observando as reações e as atitudes das pessoas que Jesus descobria a vontade do Pai nos acontecimentos da vida. A atitude da mulher abriu um novo horizonte na vida de Jesus. Através dela, ele descobriu melhor que o projeto do Pai é para todos os que buscam a vida e procuram libertá-la das cadeias que aprisionam a sua energia.
6. Marcos 7,31-36: Abrir o ouvido e soltar a língua
O episódio da cura do gago é pouco conhecido. Jesus está atravessando a região da Decápole. Decápole significa, literalmente, Dez Cidades. Era uma região de dez cidades ao sudeste da Galileia, cuja população era pagã. Um surdo gago é levado a Jesus. O jeito de curar é diferente. O povo queria que Jesus apenas impusesse as mãos sobre ele. Mas Jesus foi muito além do pedido.
Ele levou o homem para longe da multidão, colocou os dedos nas orelhas e com saliva tocou na língua, olhou para o céu, fez um suspiro profundo e disse: “Éffata!”, isto é, “Abra-se!” No mesmo instante, os ouvidos do surdo se abriram, a língua se desprendeu e o homem começou a falar corretamente. Jesus quer que o povo abra o ouvido e solte a língua! Todo o povo ficou muito admirado e dizia: “Ele fez bem todas as coisas!” (Mc 7,37). Esta afirmação do povo faz lembrar a criação, onde se diz: “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31).
7. Marcos 7,37: Jesus não quer publicidade
Ele proibiu a divulgação da cura, mas não adiantou. Quem teve experiência de Jesus vai contar para os outros, queira ou não queira! As pessoas que assistiram à cura começaram a proclamar o que tinham visto e resumiram a Boa Notícia assim: “Ele fez bem todas as coisas!”
Às vezes, se exagera a atenção que o Evangelho de Marcos atribui à proibição de divulgar a cura, como se Jesus tivesse um segredo a ser preservado. Na maioria das vezes que Jesus faz um milagre, ele não pede silêncio. Uma vez até pediu publicidade (Mc 5,19). Algumas vezes, porém, ele dá ordem para não divulgar a cura (Mc 1,44; 5,43; 7,36; 8,26), mas obtém o resultado contrário. Quanto mais proíbe, tanto mais a Boa-nova se espalha (Mc 1,28.45; 3,7-8; 7,36-37).
Não adianta proibir! Pois a força interna da Boa-nova é tão grande que ela se divulga por si mesma!
Alargando
Abertura para os pagãos no Evangelho de Marcos
Na época do Antigo Testamento, na rivalidade entre os povos, um povo costumava chamar o outro povo de “cachorro” (1Sm 17,43). Isto fazia parte da relação conflituosa que eles tinham entre si, na terra de Canaã, para formar um povo novo com direito à terra, à vida e à identidade própria. O enfrentamento entre Golias, o gigante filisteu, e Davi, o pastorzinho israelita, é uma amostra desta situação. Para Davi, vencer o filisteu pagão era salvar a honra tanto do povo israelita como do Deus vivo (1Sm 17,26). Quando Davi se aproxima para a luta sem as armas tradicionais, mas apenas com um bastão, Golias pergunta: “Será que sou um cachorro?” (1Sm 17,43).Ao longo das páginas do Evangelho de Marcos, há uma abertura crescente em direção aos outros povos. Assim, Marcos leva os leitores e as leitoras a abrir-se, aos poucos, para a realidade do mundo ao redor e a superar os preconceitos que impediam a convivência pacífica entre os povos. Eis alguns exemplos: A mulher que Marcos nos apresenta era uma pagã, siro-fenícia de nascimento (Mc 7,26). No passado, nos tempos da rainha Jezabel e do profeta Elias, tinha havido rivalidade entre Israel e o povo da Fenícia ou de Canaã. Mas agora, a mulher não está preocupada com as rivalidades do passado. Ela busca a libertação para a sua filha, dominada por um demônio (Mc 7,26). Ouve falar de um judeu que tem o poder de Deus para libertar do mal. Aqui, já não importam os preconceitos raciais. O que importa é a vida ameaçada da filha, vida oprimida que precisa ser libertada.
Na sua passagem pela Decápole, região pagã, Jesus atende ao pedido do povo do lugar e cura um surdo gago. Ele não tem medo de contaminar-se com a impureza de um pagão, pois, ao curá-lo, toca-lhe os ouvidos e a língua. Enquanto as autoridades dos judeus e os próprios discípulos têm dificuldades de escutar e entender, um pagão que era surdo e gago passa a ouvir e a falar pelo toque de Jesus. Lembra o cântico do servo: O Senhor Iahweh abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde (Is 50,4-5).
Ao expulsar os vendedores do templo, Jesus critica o comércio injusto e afirma que o templo deve ser casa de oração para todos os povos (Mc 11,17). Fazendo assim, ele resgata a profecia de Isaías que estendia a salvação aos estrangeiros e manda abolir as restrições da lei que proibia a participação de eunucos, bastardos e estrangeiros na assembleia de Iahweh (Dt 23,2-9).
Na parábola dos vinhateiros homicidas, Marcos faz alusão ao fato de que a mensagem será tirada do povo eleito, os judeus, e será dada aos outros, aos pagãos (Mc 12,1-12).
Depois da morte de Jesus, Marcos apresenta a profissão de fé de um pagão ao pé da cruz. Ao citar o centurião romano e seu reconhecimento de Jesus como Filho de Deus, está dizendo que o pagão é mais fiel do que os discípulos e mais fiel do que os judeus (Mc 15,39).
A abertura para os pagãos aparece de maneira muito clara na ordem final dada por Jesus aos discípulos, depois da sua ressurreição: Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15).
Fonte: Esta reflexão é o 19º Círculo Bíblico no livro de Carlos Mesters e Mercedes Lopes, chamado "Caminhando com Jesus - Círculos Bíblicos sobre o Evangelho de Marcos. Centro de Estudos Bíblicos de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil.
Nota: A mulher Cananeia ajuda Jesus a descobrir a vontade do Pai não representa necessariamente o pensamento do Movimento da Ciência Cristã (A Igreja Mãe em Boston ou qualquer de suas filiais, sociedades ou grupos informais de estudos, existentes em diferentes países do mundo), foi publicado para refletirmos sobre a importância do estudo da Bíblia no contexto histórico, nas dimensões política, social, cultural e econômica em que seus relatos foram escritos. Conforme recentes descobertas sobre fatos nela registrados e a opinião de estudiosos do texto bíblico. Com o objetivo de alcançarmos o significado espiritual das Escrituras e compreendermos o verdadeiro papel do cristão nos dias de hoje.
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domingo, 30 de agosto de 2015
SIMPÓSIO DE JOVENS PENSADORES DA CIÊNCIA CRISTÃ
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Informações: http://www.cienciacrista.com/#!simposio-de-jovens/c386
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quarta-feira, 26 de agosto de 2015
A ATIVIDADE DO CRISTO
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A atividade do Cristo
L. Ivimy Gwalter
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Há alguns anos, a autora deste artigo se encontrava no convés de um navio, um pouco antes do alvorecer. As estrelas pareciam como que suspensas no céu tropical e, no horizonte, um farol piscava, emitindo suas boas-vindas. Estávamos nos aproximando de terra firme. Então, a luz da aurora começou a surgir, de forma muito gradual, até que o céu resplandeceu em glória.
Para a autora, essa aurora simbolizou a atividade do Cristo. Diante dela, a escuridão desapareceu. Enquanto observava, sentiu-se absorvida pela magnitude do que estava acontecendo. Nada podia deter o amanhecer, uma vez que era impulsionado pelo poder que governa o universo, um poder que o mundo não pode atingir.
“Ora”, pensou ela, “se toda a humanidade, cada homem, mulher e criança, de todas as raças e credos, se unissem para impedir essa aurora de se manifestar, se todas as invenções diabólicas da força física e das armas nucleares, do ódio humano e do controle mesmérico se arrojassem contra ela, eles nem sequer a tocariam, muito menos a deteriam, porque o poder que governa o universo é Deus.”
Foto: Edésio Ferreira Filho
Nos conhecidos versículos de abertura do Evangelho de João, lemos (1:1, 3): “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. O Verbo é a atividade de Deus, a qual se revela a si mesma e, como a aurora, não pode ser impedida nem interrompida.
A atividade inteligente, por meio da qual a Alma revela sua vastidão, glória e beleza, é o Cristo. Essa atividade ou reflexo inteligente é a sabedoria infinita de Deus, por meio da qual Deus, a Alma, reflete-se a Si mesmo em esplendor e glória inauditos. Tudo o que a Mente, Deus, sabe e do qual está consciente, é o Cristo, Sua manifestação infinita, e essa manifestação é a Verdade. Assim, na Ciência da Mente, o conhecedor, o conhecimento e o conhecido são um no ser. Não existe nenhuma divisão ou separação entre Deus e Sua manifestação.
Então, o Cristo é a manifestação do infinito saber de Deus, a glória do ser espiritual, o resplendor do poder espiritual. O Cristo é instantâneo. Ele não necessita de tempo para se fazer sentir. O Cristo está sempre presente, sempre ativo, sempre potente, sempre completo. O Cristo se revela a si mesmo, a perfeita manifestação de Deus. Assim, na cura do doente e do pecador, o Cristo demonstra os fatos fundamentais de que a harmonia nunca foi perdida, de que a discórdia nunca foi real e de que a perfeição nunca foi abalada.
Quão divinamente natural é essa ação do Cristo, esse poder irresistível do Amor divino! Não há nada trabalhoso, nada difícil, árduo ou fatigante nela. Tal como a aurora, a ação do Cristo é inviolável. Ela é incapaz de ser invertida ou interrompida pelos supostos ataques do mal.
O profeta Isaías escreveu (9:2): “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz”. Mary Baker Eddy diz no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 504): “Os raios da Verdade infinita, quando se concentram no foco das ideias, produzem instantaneamente luz, enquanto mil anos de doutrinas, hipóteses e vagas conjeturas humanas não emitem tal fulgor”.
O Cristo irresistível é o poder da Mente. Não existe nenhuma cura, nenhuma redenção, nenhuma salvação exceto por meio desse poder. A cura, a redenção e a salvação não estão na matéria. O poder da Mente é o Messias e a salvação depende da demonstração de Deus como a Mente do homem. O Cristo, a Verdade, precisa ser vivido e praticado, e não ser tratado de forma teórica.
Não existe nenhuma libertação do sentido material enquanto pensamos que somos objetos frágeis e finitos vivendo em um mundo grande e estranho, crença essa carregada de medo e desespero. Um dos fatos fundamentais da Ciência da Alma é que a Mente, ou Princípio, não está em sua ideia, mas a ideia está sempre na Mente e a Mente é o uno e único Ego. Consequentemente, o homem espiritual individual não é um ego finito, separado, como o sentido pessoal pretende nos fazer crer. O homem existe para glorificar a Deus e reflete ou expressa a individualidade eterna e infinita, ou Mente, que inclui em si mesma cada uma das expressões de Deus, desde a menor até a maior delas.
O sentido físico é mesmerismo grosseiro. Os sentidos físicos são diametralmente opostos à verdade espiritual. Eles não reconhecem a totalidade da Mente e, consequentemente, não compreendem a natureza subjetiva do ser. O sentido físico diz que você é uma pessoa cercada por outras pessoas que dominam e controlam sua vida; que você vive como uma ínfima partícula em um imenso mundo fora de si mesmo, um mundo de forças e circunstâncias que você não compreende e sobre as quais você não tem nenhum controle. Não podemos encaixar a Ciência Cristã dentro desse padrão ou demonstrar seu Princípio infalível a partir dessa base.
A Ciência Cristã revela a totalidade da Mente. Ela nos mostra que as coisas não são o que parecem ser; que a pessoa que está bloqueando nosso progresso, a circunstância que está destruindo nossa saúde, a frustração que está roubando nossa alegria, são sugestões mentais agressivas, não condições físicas; são sugestões agressivas que argumentam que Deus não é Tudo e que existe algo além dEle.
Não importa sob que forma o erro possa se apresentar, por meio da Ciência Cristã podemos rejeitá-lo por ser irreal e ilegítimo. Podemos descartá-lo por ser uma sugestão que não pode nos tentar, porque Deus, a Mente do homem, não o conhece. A ideia de Deus, o homem, é tão incapaz de vivenciar discórdia, pecado ou limitação como Deus mesmo o é. Cristo Jesus, nosso Guia e Mestre, provou isso para a salvação de toda a humanidade.
O Cristo é a presença do poder de Deus e o poder da presença de Deus. O Cristo nunca está estático. A manifestação da presença de Deus em ação, o Cristo, nunca cessa. Nunca está congestionada; nunca confusa, obscurecida, obstruída; nem jamais pode ser invertida. Nunca chega ao fim, nunca trabalha demais, nunca vacila, nunca para. Portanto, o ser nunca envelhece; nunca se desgasta; a inteligência nunca descamba para a senilidade e a doença; o Amor nunca se transforma em ódio; a Vida nunca termina em morte. O Cristo, o poder e a ação divinos de Deus, está presente em todas as circunstâncias, em todos os momentos, em todas as condições. O Cristo é a lei para todas as situações.
Jesus demonstrou o Cristo como a identidade espiritual do homem. A Sra. Eddy diz: “Jesus era o mais alto conceito humano do homem perfeito” (Ciência e Saúde, p. 482). Ele era o conceito humano mais elevado do Cristo. Só temos de estudar cuidadosamente o capítulo intitulado “Glossário” no livro-texto para compreender que os personagens bíblicos ali definidos são todos conceitos humanos do homem, a ideia divina.
Por exemplo, Abraão exemplifica o atributo do Cristo de fidelidade; Aser, esperança e fé. Dã apresenta um conceito invertido de homem, o qual é magnetismo animal e não tem em si nenhum elemento do Cristo. Jesus é o conceito humano mais verdadeiro e mais elevado, o único que, mais do que todos os outros, apresenta o Cristo.
Assim, você e eu, como pessoas, e todas as pessoas que formam nosso universo, os amigos, a família, os membros da igreja, os ditadores do mundo e outros, são conceitos humanos do homem real, o Cristo, conceitos desenvolvidos pela assim chamada mente humana. À medida que, por meio da Ciência do Cristo, a mente humana vai cedendo à Mente divina, o conceito humano vai melhorando, até que finalmente desaparece no resplendor da semelhança de Deus. A individualidade e a identidade do homem, por serem inteiramente espirituais, existem separadas da materialidade e estão sempre intactas e completas.
A crença mortal diz que cada pessoa é o resultado de uma longa, longa linhagem de ancestrais humanos e que nessa pessoa estão sintetizados os traços e fragilidades de gerações de antepassados. Mas, a Ciência Cristã, por meio de sua revelação do Cristo, capacita-nos a mudar a sentença mesmérica do sentido pessoal, a banir a servidão à hereditariedade e a reivindicar a realidade e a realeza do nosso ser no Espírito.
Jesus se identificava constantemente como o Cristo, o Filho de Deus. Ele reconhecia a Deus como seu Pai e repudiava os laços da carne. Nele foi quebrado o mesmerismo da geração sensual. Jesus nunca se afastou da divindade de sua origem. Ele demonstrou a Ciência da criação. Seu senso sobre si mesmo era inteiramente espiritual. Ele se referia a si mesmo como tendo descido do céu, embora estando no céu (ver João 3:13), e ele se submeteu, de acordo com os sentidos materiais, à crucificação para provar para a humanidade que a Vida é eterna e é a maneira de escapar da morte. Em pé, diante de Pilatos, em seu momento supremo de escárnio e provação, Jesus disse: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada” (João 19:11). Ao reivindicar a divindade de sua origem, ele demonstrou a divindade de seu destino.
Em uma passagem de sublime promessa, a Sra. Eddy escreve: “A Maria de outrora chorou porque olhou para baixo, para dentro do sepulcro — buscando a pessoa, em vez de buscar o Princípio que revela o Cristo. A Maria de hoje levanta o olhar em busca do Cristo, não aquele supostamente crucificado, mas o Cristo ascendido, a Verdade que ‘sara todas as tuas enfermidades’ e dá domínio sobre toda a terra” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 119).
Foi o Cristo, a ideia espiritual, que apareceu à consciência humana como o homem Jesus. É o Cristo que aparece à consciência humana hoje como Ciência. Se quisermos encontrar nossa individualidade e identidade e a individualidade e identidade dos nossos entes queridos, não devemos nos inclinar e olhar para dentro do sepulcro do sentido pessoal. Devemos elevar o olhar e deixar que a Ciência revele a natureza espiritual do homem e do universo.
Tudo o que já existiu é Deus e Seu Cristo, Deus e Sua ideia. Em realidade, nunca existiu nenhum conceito humano, pois a mente humana jamais projetou algo que fosse real. A Ciência Cristã nos capacita a inverter o testemunho do sentido material em todos os pontos e nos liberta da servidão à materialidade.
A crucificação, a ressurreição e a ascensão, o nascimento, a morte e tudo o que parece acontecer entre esses pontos pertencem ao conceito humano. O Cristo não ressuscitou, nem jamais ascendeu. Ele existe como a eterna presença e habita na Mente de Deus. O Cristo está eternamente no ponto de vista da perfeição.
A consciência nunca está em uma cruz ou em uma tumba, nem a consciência espiritual inclui uma cruz ou uma tumba. A existência consciente da Mente é tão incapaz de ser prejudicada como o é o amanhecer. Ela inclui para sempre somente as coisas de Deus, da Vida eterna e do Amor perpétuo. O triunfo de Jesus sobre a morte nos mostra nossa imortalidade presente.
Ao longo de todo o seu ministério, Jesus demonstrou a coexistência de Deus e do homem. Sua certeza da imortalidade do Cristo incluía sua certeza da pré-existência do Cristo. Ele sabia que seria impossível para a Vida alguma vez ter tido um começo. Tivesse a Vida alguma vez começado, ela teria de terminar. A continuidade da existência e da identidade nunca é interrompida pelo nascimento ou morte, assim como a existência e a identidade jamais passam pelas vicissitudes da assim chamada vida material.
Jesus compreendia isso. Ele compreendia que a Vida e o ser estão acima e além de todo senso finito de existência. Ele sabia que cada manifestação da Vida evidencia o único Ego se expressando a si mesmo, e que é atemporal, sem idade, imortal, eterno. Ele demonstrou a Vida na plenitude de sua glória. Ele sabia que o único Espírito, ou Alma, inclui a beleza e a variedade de forma, contorno e cor de tudo o que o Espírito, a Alma, reflete, e inclui o Cristo em sua glória e resplendor plenos.
Por meio da autopurificação e crescimento espiritual, devemos demonstrar o Cristo como fez o Mestre. Devemos conseguir dizer com Paulo (2 Coríntios 5:16): “Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo”. No esplendor da atividade de Deus que se revela a si mesma, e que é Ciência, demonstramos o Cristo como a presença do poder de Deus e o poder da presença de Deus, e, assim, o homem, na semelhança de Deus, resplandece.
Fonte: DO Arauto da Ciência Cristã de 16 de Setembro de 2013. Publicado originalmente na edição de dezembro de 1957 de The Christian Science Journal
Autor: Miss L. Ivimy Gwalter, C.S.B. nasceu em Nova York, recebeu parte de sua educação em Genebra, Suíça. Retornando aos Estados Unidos, estudou música no Instituto de Arte Musical, em Nova York, onde se formou. Em seguida, dedicou-se ao estudo da Ciência Cristã, tornando-se posteriormente praticista e professora desta Ciência. Serviu a Primeira Igreja de Cristo Cientista, em Boston, Mass, EUA, no Conselho de Diretores da Ciência Cristã, ao suceder a Sra. Nelvia Ritchie, em 1948. Foi editora associada do The Christian Science Journal, Christian Science Sentinel e O Arauto da Ciência Cristã, da Sociedade Editora da Ciência Cristã, para os quais escreveu artigos e editoriais, de 1900 a 1979.
Indice de artigos de L. Ivimy Gwalter, C.S.B.:
Title | Journal | Sentinel |
Christian Science in Dentistry (Testimony, as Ivy Gwalter) |
| August 16, 1900 |
The Church of Christ, Scientist | April 1923 |
|
(Introducing John J. Flinn, a Christian Science lecturer) |
| June 9, 1923 |
Demonstration | May 1924 |
|
(Introducing William W. Porter, a Christian Science lecturer) |
| November 21, 1925 |
Discipleship | December 1926 |
|
Spiritual Healing |
| February 16, 1929 |
Right Practice | August 1932 |
|
Church Membership | May 1935 |
|
Supply as Spiritual Reflection |
| August 15, 1936 |
Our Present Heritage of Life |
| July 31, 1937 |
The Moral and Spiritual Demands of Healing |
| October 29, 1938 |
Sonship with God | February 1940 |
|
Reflection |
| December 7, 1940 |
Identity | June 1942 |
|
The Lens of Gratitude | January 1944 |
|
Safety |
| February 10, 1945 |
There is but One Ego | January 1947 |
|
Prove All Things | June 1947 |
|
Willingness (Editorial) |
| June 7, 1947 |
Hear and Obey (Editorial) |
| June 21, 1947 |
"O man greatly beloved" (Editorial) |
| June 28, 1947 |
The Scientific Starting Point (Editorial) | July 1947 |
|
The Significance of "Let" (Editorial) |
| July 12, 1947 |
Happy Vacation! (Editorial) |
| July 19, 1947 |
Reason Illumined by Science (Editorial) | August 1947 |
|
Our God-given Sufficiency (Editorial) |
| August 2, 1947 |
The Fearlessness of Being (Editorial) |
| August 9, 1947 |
Practice versus Malpractice (Editorial) |
| August 23, 1947 |
There Are No Fetters of Time (Editorial) |
| August 30, 1947 |
The Resplendency of Mind (Editorial) | September 1947 |
|
Heredity Uprooted (Editorial) |
| September 13, 1947 |
Keep the Vision! (Editorial) |
| September 20, 1947 |
"The Pattern Shewed to Thee in the Mount" (Editorial) | October 1947 |
|
"The Teeming Universe of Mind" (Editorial) |
| October 4, 1947 |
The Destroying of the Yoke (Editorial) |
| October 11, 1947 |
Awake to the Truth of Being! (Editorial) |
| October 25, 1947 |
"Love's Divine Adventure" (Editorial) | November 1947 |
|
The Scientific Standard (Editorial) |
| November 1, 1947 |
The Truth About Environment (Editorial) |
| November 15, 1947 |
Perpetual Thanksgiving (Editorial) |
| November 22, 1947 |
Christmas — Its Eternal Significance (Editorial) | December 1947 |
|
What Shall I Give? (Editorial) |
| December 6, 1947 |
Refuse the Evil and Choose the Good (Editorial) |
| December 13, 1947 |
Gain, Not Loss (Editorial) |
| December 27, 1947 |
"Immortal Memory" (Editorial) | January 1948 |
|
Our Annual Church Meetings (Editorial) |
| January 3, 1948 |
The Royalty of Being (Editorial) |
| January 17, 1948 |
Peace of Mind (Editorial) |
| January 24, 1948 |
Demonstration, The Seal of Discipleship (Editorial) | February 1948 |
|
Feeling Soul's Loveliness (Editorial) |
| February 7, 1948 |
"A Bountiful Eye" (Editorial) |
| February 14, 1948 |
"Thine Health Shall Spring Forth Speedily" (Editorial) |
| February 28, 1948 |
Mary Baker Eddy, Discoverer and Founder (Editorial) | March 1948 |
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Truth Removes All Scars (Editorial) |
| March 6, 1948 |
The New Name (Editorial) |
| March 20, 1948 |
Neither Coming, Nor Going (Editorial) |
| March 27, 1948 |
The Ever-Present Realm of Reality (Editorial) | April 1948 |
|
Serving with Gladness (Editorial) |
| April 10, 1948 |
One Language (Editorial) |
| April 17, 1948 |
The Truth of Being versus the Dream (Editorial) | May 1948 |
|
Today (Editorial) |
| May 1, 1948 |
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The Validity of The Mother Church Manual | October 1951 |
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The Symphony of Soul | April 1955 |
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Love: "What a Word!" | April 1956 |
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"The Reign of Divine Truth, Life, and Love" |
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The Great River, The River Euphrates |
| February 8, 1958 |
The Promised Comforter | December 1958 |
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A Law to Oneself |
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Coincidence of the Human and Divine | February 1960 |
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Fulfillment, Not Blight |
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The Advent of the Holy Ghost | January 1961 |
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Our Pastor Emeritus |
| May 20, 1961 |
"Seeming and Being" | February 1962 |
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The Radiance of the Risen Day |
| December 22, 1962 |
The Presence of God's Power | April 1963 |
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"The Evergreen of Soul" |
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"Practical, Operative Christian Science" | March 1964 |
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"The Song of Christian Science" | February 1965 |
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Claiming Our Sonship with God | December 1965 |
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Mary Baker Eddy: Her Prophecies | December 1966 |
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Destroying the Goliaths of Evil |
| March 4, 1967 |
Whom Servest Thou? | August 1967 |
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| November 18, 1967 |
A Friend Forever |
| July 13, 1968 |
The Might of God's Spiritual Government | October 1968 |
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(Address by Incoming President) | July 1969 |
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The Vine of God's Planting | July 1969 |
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Spiritual Self-discipline — Security from Sin | April 1970 |
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What It Means to Be a Christian Scientist | June 1970 |
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The Mission of the Monitor |
| February 20, 1971 |
What It Does | July 1971 |
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New Energy | November 1971 |
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Individuality and Identity |
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"The 'male and female' of God's creating" | January 1973 |
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Currents That Mold Our Lives | August 1973 |
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Do You Know Who You Are? | January 1974 |
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"The strong cords of scientific demonstration" | June 1974 |
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Spiritualizing Thought: A Call to Action |
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A Look at Class Instruction | March 1975 |
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In God's Hand | January 1976 |
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Church, a Living Power | August 1976 |
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Progress Through Revelation | August 1977 |
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Your heritage of measureless good | September 1978 |
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In the glow of the revelation | May 1979 |
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The substance of Christian Science nursing | November 1979 |
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domingo, 16 de agosto de 2015
NÃO ESTAMOS EM UMA CRISE ECONÔMICA, MAS NO REINO DE DEUS
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Não estamos em uma crise econômica,
mas no reino de Deus
Kari Mashos
Podemos achar que nossas perspectivas sejam definidas pelas circunstâncias, tais como o mercado de trabalho ou certas situações políticas e econômicas. Podemos até nos convencer de que são essas condições que limitam nossas possibilidades. Nosso dia a dia pode parecer estar confinado dentro do próprio ponto de vista que tanto nós, como os outros, temos sobre o estado atual das coisas. Poderia até parecer impossível se libertar desses conceitos restritivos sobre a vida, não fosse pelo Cristo.
O Cristo, a ideia spiritual de Deus, desperta-nos para a realidade de que Deus está aqui, agora e sempre. O Cristo nos revela que, como filhos de Deus, nossa verdadeira natureza e nosso meio ambiente incluem bondade, saúde, honestidade, estabilidade e justiça ilimitadas, todas as qualidades divinas do ser.
A mensagem do Cristo é que o reino de Deus está dentro de nós, como Cristo Jesus ensinou e comprovou. Esse reino permanece eternamente. A oração que Cristo Jesus deu ao mundo inteiro, conhecida como a Oração do Senhor, declara: “Venha o Teu reino” (Mateus 6:10). Essa oração é um reconhecimento ativo da eterna presença e do poder de Deus. Ela faz uma clara distinção entre a crença de vida como governada pelo acaso e pelas circunstâncias, e a compreensão cristãmente científica de que verdadeiramente vivemos dentro da perfeição de Deus, o Espírito.
Crer que vivemos fora da Vida divina é uma tentação mental já demonstrada e comprovada como sendo uma mentira. A Vida é a Mente divina, o único Criador e a única causa da existência. A compreensão de que existe uma única Mente, Deus, sempre abençoou e continua a abençoar a humanidade. Essa exigência iluminada na consciência humana está expressa no Primeiro Mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3).
A compreensão de que existe uma única Mente, Deus, sempre abençoou e continua a abençoar a humanidade.
Quando os israelitas obedeceram a essa instrução, eles vivenciaram saúde, paz, segurança, suprimento e orientação. Como? Eles afastaram a crença de que havia outros poderes e confiaram em Deus. Eles aprenderam que o Espírito divino é supremo em poder. Por meio dessas experiências, descobriram que eles na verdade viviam no reino de Deus, sob Sua orientação e cuidado.
Como o Salmista o coloca: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá” (Salmos 139:7-10).
Hoje é igualmente importante resistir à tentação de acreditar em outro poder ou em um lugar separado, ou próximo, a Deus, que é o Princípio divino do ser. Por exemplo, se acreditarmos que vivemos em uma crise econômica e que podemos estar ligados à ambição e à corrupção de políticos ou da sociedade, então estaremos acreditando em outro poder ou em um lugar separado de Deus.
Talvez imaginemos que os pecados dos outros estão fazendo com que a maioria, incluindo os inocentes, sofra e que não há nada que possamos fazer para nos livrar dessas consequências.
Mas, se soubermos que vivemos sob o governo do Princípio divino, então poderemos começar a nos livrar das consequências e dos sofrimentos provenientes de crer que estamos sob o controle do mal, inclusive de uma crise pessoal ou econômica.
Como Seus filhos, Seus reflexos, vivemos na Mente e sob o governo da inteligência divina. Cada um de nós está sempre ligado ao bem infinito e não pode estar sujeito a maquinações políticas ou pessoais. Em Deus nos encontramos permanentemente livres da injustiça, ignorância, ódio, incompetência e corrupção. Dentro de Seu governo justo, todos possuem a liberdade para expressar motivos e ações corretos e mutuamente úteis. A lei do bem, a qual abrange tudo, está dentro de nós e não aceitamos nada menos para nós mesmos e para os outros.
Há muitos anos, eu sentia que uma pessoa dominava de tal modo a vida que sufocava meu progresso e minha felicidade. Essa pessoa tentava por todos os meios impedir que eu progredisse em minha vida, em minha carreira e, até mesmo, em minha liberdade de expressar alegria. Ela exigia que eu visse a vida como ela a via, ou seja, miserável, instável e financeiramente limitada. Mas, por meio da Ciência Cristã, estava aprendendo sobre o reino de Deus no qual todos vivemos.
Apóstolo Paulo declarou: “nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28). Compreendi que onde o Espírito divino está só há espaço para as qualidades do Espírito, ou seja, o bem, a paz, a liberdade de expressão, o progresso e a alegria ilimitados. Rejeitei a tentação de me moldar à visão distorcida de uma vida fora do reino de Deus. Concluí que eu vivia, me movia e era nutrida e guiada perfeitamente dentro do reino, sob o governo de Deus e suas leis da Vida e do Amor divinos. Consegui levar minha vida adiante e, o mais interessante, é que essa pessoa também encontrou mais liberdade e alegria em sua vida.
A exigência perpétua, eterna e todo-poderosa de Deus para Seu reino é: “paz na terra entre os homens (Lucas 2:14). Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, compreendeu que a humanidade pode se libertar do mal somente por meio do governo de Deus. Ela escreveu: "Certos elementos da natureza humana enfraqueceriam os direitos e as leis civis, sociais e religiosas das nações e dos povos, atacando a liberdade, os direitos do homem e o autogoverno, e isso alegando também que o fazem em nome de Deus, da justiça e do humanismo! ...nossa esperança está ancorada em Deus que reina e no fato de que a justiça e o juízo são a habitação de Seu trono eternamente (Mary Baker Eddy, Message to The Mother Church for 1900 [Mensagem À Igreja Mãe para 1900], p. 10).
A Vida é Deus e dentro da Vida eterna não existe nenhum elemento destrutivo. Assim, a corrupção não é um elemento no reino de Deus e devemos estar alerta para não aceitá-la como uma parte “normal” de nossa vida.
O profeta Habacuque declarou que Deus é puro demais para contemplar a iniquidade (ver Habacuque 1:13). Deus é inteiramente bom e todo o seu reino O reflete. Deus mantém a ordem, a saúde e a justiça dentro de Seu reino. Portanto, a corrupção de qualquer espécie não tem nem forma nem meio que a sustente ou a perpetue.
Nossas mais profundas esperanças para o progresso, a paz e a saúde, individual e coletivamente, assentam no Princípio divino.
Temer ou ter fé no mal não é adorar somente a Deus. Precisamos rejeitar essa antiga sugestão mental agressiva de que exista outro poder além do bem supremo. Fazemos isso reconhecendo o que é verdadeiro acerca de Deus e Seu universo, inclusive o homem.
Cristo Jesus revelou a verdadeira natureza de Deus e do homem. Ele revelou o verdadeiro caráter do homem como semelhante a Deus e puro, uma vez que Deus é puro. A declaração de Jesus de que os puros de coração verão a Deus (ver Mateus 5:8) afirma o fato de que temos a habilidade, aqui e agora, de demonstrar que o homem é incorruptível por ser a semelhança de Deus. Jesus comprovou, por meio de suas obras de cura, o efeito da lei divina sobre o pensamento e a vida humanos, purificando, corrigindo e regenerando. Essa é a operação do Espírito Santo, a Ciência divina. É Deus governando o céu e a terra.
Todo o bem que Deus é e nos dá nunca nos pode ser tirado. Nada nem ninguém pode tirar ou roubar o bem de nós. A justiça, a misericórdia e a compaixão divinas, não a corrupção ou dominação política, governam dentro de nós. Ao refletirmos a lei divina, somos uma lei para nós mesmos. Nenhuma lei da Verdade e do Amor pode ser driblada pela vontade humana. A Sra. Eddy nos oferece uma clara razão para isso em sua declaração: “Não se pode renegar a justiça e a honestidade; sua vitalidade provém da Vida — calma, irresistível, eterna” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 139).
A oração é a ação do pensamento cedendo à Verdade e ao Amor, e tem um efeito sanador à medida que espiritualiza o pensamento. Ela nos mostra o reino de Deus dentro de nós e desperta o desejo de pensar e agir de acordo com o Cristo, nossa verdadeira natureza. No Cristo, a Verdade, não há espaço para o pecado de qualquer espécie. Como a Sra. Eddy escreve: “Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 468).
Por meio da oração, tudo aquilo que é errôneo em nosso pensamento dá lugar à santidade, à verdade, à sabedoria, à bondade e ao amor. Essa espiritualização do pensamento é Sua lei em ação, ajustando, eliminando ou acrescentando tudo o que for necessário para trazer equilíbrio e ordem tanto para nossa vida individual como para o corpo político.
Nossas mais profundas esperanças para o progresso, a paz e a saúde, individual e coletivamente, assentam no Princípio divino e são concretizadas dentro do sempre atuante, todo abrangente, benevolente e sábio governo de Deus.
Autor: Kari Mashos é Praticista, Conferencista e Professora de Ciência Cristã. Ela divide seu tempo entre Cape Neddick, Maine, EUA e Atenas, Grécia.
Fonte: DO Arauto da Ciência Cristã - 15 de Julho de 2013. Publicado originalmente em grego, na edição on-line dO Arauto grego, e em inglês na edição de 24 de junho de 2013 do Christian Science Sentinel.
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