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Jardim Botânico de Curitiba, PR:
Participantes do Acampamento para Cientistas Cristãos e seus Amigos -
Raio de Sol no Paraná /2007
PIONEIROS DA CIÊNCIA CRISTÃ NO BRASIL
Na edição de outubro 2012 / volume 62 / número 10 da revista O Arauto da Ciência Cristã foi publicada a entrevista “A bênção do Cristo: a Ciência Cristã no Brasil “ de Rosalie E. Dunbar com Orlando Trentini.
Nesta conversa, o entrevistado fala de sua infância e sobre fatos relacionados ao surgimento da Ciência Cristã no Brasil, memórias que fazem parte de reminiscências escritas por ele anteriormente. Além de compartilhar “algumas ideias de como a compreensão do Cristo sustenta nossa capacidade de curar”.
Orlando Trentini, Praticista e Professor de Ciência Cristã desde 1969 e 1979, respectivamente, escreveu o Histórico dos primórdios da Ciência Cristã ou Christliche Wissenschaft no Brasil, quando visitava Rio Vista - Califórnia, EUA, em dezembro de 2006.
Este histórico fez parte da mensagem enviada por Orlando Trentini aos participantes do ACAMPAMENTO PARANAENSE PARA CIENTISTAS CRISTÃOS E SEUS AMIGOS - RAIO DE SOL no Paraná/ 2007, realizado em Mandirituba, PR, entre 04 a 07 de janeiro de 2007.
O Acampamento reuniu cientistas cristãos, jovens e adultos, que ponderaram sobre as qualidades espirituais vivenciadas pelas pessoas que introduziram a Ciência Cristã em diversas localidades do Brasil [detalhes publicados neste blog em 22 de novembro de 2010].
Vale a pena ler a entrevista publicada na revista O Arauto da Ciência Cristã bem como a histórico sobre as origens da Ciência Cristã no Brasil escrito pelo Professor Trentini.
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A bênção do Cristo:
a Ciência Cristã no Brasil
“As primeiras pessoas que levaram a Ciência Cristã para o Brasil eram provenientes da Alemanha, América do Norte, Suíça e Inglaterra. Entre os alemães, havia Helene Marie Von Schramm e seu marido, Otto Albert Schmidt, que se estabeleceram em Blumenau [SC]. Ali foi organizada uma Sociedade da Ciência Cristã, oficialmente reconhecida em 1932”.
Primeira Igreja de Cristo, Cientista, Blumenau - SC
“No início do ano de 1932, Otto Albert Schmidt atendeu a um pedido de cura vindo de um lugarejo rural encravado na mata, região hoje conhecida como Panambi, no sul do Brasil. Durante 55 dias, ele cobriu uma grande distância, sendo que a maior parte do percurso foi feito a pé. Havia muitas pessoas necessitando de cura e todas foram curadas. Entre elas, estavam os pais de minha mãe”. Orlando Trentini, CSB : O Arauto da Ciência Cristã/outubro de 2012.
“Na década de 1950, havia em Porto Alegre, RS, um grupo de estudiosos de Ciência Cristã, o qual se reunira à volta do casal Otto Albert Schmidt e Helena Maria Von Schramm Schmidt. Juntos, estudavam todos os dias a Lição Bíblica. Esse casal estava sempre disposto a ajudar, por meio da oração, aqueles que o solicitassem e a mostrar a importância do estudo da Lição Bíblica, conforme apresentada no Livrete Trimestral da Ciência Cristã. As curas se sucediam com naturalidade, eram rápidas e permanentes”. Orlando Trentini, CSB: O Arauto da Ciência Cristã, Ano 62, nº 06, página 17.
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Histórico dos primórdios da Ciência Cristã
ou Christliche Wissenschaft no Brasil
Orlando Trentini, CSB
UMA CURA INFANTIL NOTÁVEL, GRAÇAS À CIÊNCIA CRISTÃ
Quando eu tinha uns 4 anos adoeci e fiquei inconsciente, aconteceu numa sexta- feira. Todo o dia meu pai e minha mãe oraram com a Lição Bíblica [da Ciência Cristã] e com o Arauto [O Arauto da Ciência Cristã], assim também durante a noite. No sábado, meu pai foi a cavalo até a casa do vovô Holderbaum para pedir que um dos filhos fosse até Panambi [RS] pedir para o Sr. Otto Albert Schmidt vir até a nossa casa por que o Orlando estava precisando de oração.
Helene Marie Von Schmidt e Otto Albert Schmidt
Quem foi até Panambi, foi o tio Oscar. Deve ter chegado lá já depois do meio dia. E já não dava para o sr. Schmidt vir e voltar no mesmo dia, pois no dia seguinte, domingo, ele era o Segundo Leitor e Helene Marie Von Schmid era a Primeira Leitora [dirigente do culto dominical na Igreja da Ciência Cristã], ele também tocava o violino para cantarmos os hinos. À tarde vinham pessoas dos arredores para falar com eles. Mas mandou avisar pelo tio Oscar que na 2ª feira, logo cedo, estaria chegando para me ver. E que ele já estava orando para mim.
Panambi, RS, década de 1930: local da atual Praça Maurício Cardoso
Panambi, RS, década de 1950: Praça Maurício Cardoso
Acervo do Museu e Arquivo Histórico Professor Hermann Wegermann -
Panambi, RS.
No domingo de manhã, o terceiro dia que eu estava inconsciente, veio a tia do meu pai, tia Carolina Winck, e foi até a minha cama e viu que estava difícil a situação para o Orlando. Assim começou a falar para meus pais, pensando em prepará-los para o meu falecimento. Falou:
- O Orlando sempre foi uma criança doentinha, vocês levaram ele para o médico mas não foi curado, depois vocês levaram ele para a religião mas ele também não foi curado, deixa agora que Deus leve o Seu filho de volta para Si.
Quando ela falou isso, meu pai, falou energicamente com ela, que Deus era a Vida e Deus estava presente, portanto, a Vida estava presente e o Orlando reflete Vida perfeita. Tia faça o favor de se retirar de minha casa, pois a senhora têm pensamentos de morte.
Ela ainda fez protestos de que só queria ajudar, e meu pai ainda acrescentou:
– Se a senhora quer ajudar vá para a casa, pegue o seu livro Ciência e Saúde [Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy] e leia, e ore, então estará ajudando a nós e ao Orlando.
Ela foi para casa, e abriu Ciência e Saúde e abriu ao acaso na página 206: 20-22, 27-29 e ela começou a ler até que chegou onde diz:
“Acaso envia Deus a doença, dando à mãe um filho pelo curto espaço de alguns anos, para depois tirá-lo pela morte? Em vez de mandar a doença e a morte, Deus as destrói e traz à luz a imortalidade?” Quando ela leu isso, ela começou a chorar e pensou:
- Meu sobrinho estava certo, Deus é a Vida do Orlando e Deus não quer que ele morra. Continuou lendo, e depois me esqueceu.
À tarde estavam meus avós maternos no quarto e meus pais, estavam orando, quando eu recobrei a consciência e pedi:
- Mamãe eu quero comer, estou com fome.
Ficaram muito contentes e foram buscar a comida. Dormi de novo e acordei mais tarde e pedi mais comida. Dormi a noite toda, e quando Otto chegou na 2ª feira de manhã, eu estava brincando, em frente de nossa casa.
A cura foi completa e permanente. Cada ano eu tinha menos faltas à escola, até que aos quinze anos não faltei nenhum dia de aula o ano todo. Fiz uma retrospectiva, dos quinze aos quarenta anos eu perdi em torno de meio dia de trabalho, em vinte e cinco anos, por estar na cama com gripe.
Orlando Trentini, CSB
Depois desta cura, minha mãe abriu o armário da cozinha e viu que ainda tinha muitos frascos de remédios. Decidiu, que não ajudavam a não ficar doente, e não ajudavam a recuperar a saúde, portanto, ela iria confiar em Deus de modo total. Separou todos os frascos ainda fechados e colocou numa bacia pequena e pediu que eu os levasse até a vizinha que tinham um salão de baile, Família Faldin Derr.
Quando entreguei a bacia com os frascos a vizinha disse:
– Mas e vocês, que vai acontecer com vocês sem remédios? Eu respondi:
– Nós vamos confiar em Deus.
Enquanto eu fui na vizinha minha mãe pegou todos os frascos já abertos e os levou numa outra bacia para o córrego onde lavava a roupa. A água passava sobre uma rocha que se estendia para dentro do córrego e ela jogou os vidros nessa pedra de modo que se rompessem e logo após a água formava um pequeno redemoinho, lento, onde tinha sempre uns peixinhos. Ela ficou olhando o remoinho e como a água ficou colorida por causa dos remédios, Os peixinhos desapareceram, e ela ficou olhando até que a água clareasse novamente. E pensou:
- Agora nos colocamos totalmente nas mãos de Deus e Seu cuidado.
Família Trentini – provavelmente década de 1950, em Porto Alegre, RS.
Muitas famílias tiveram curas em nossa área. Eu não lembro o nome delas nem quais as curas, mas ao perguntar um dia ao Otto, na década de 50 se ele lembrava de alguma cura. Ele disse que muitas pessoas foram curadas, e que lembra de uma, em particular, em que ele estava na carroça com um colono, a junta de bois a estava puxando, quando a carroça passou por um buraco ou sobre uma pedra e deu um solavanco forte e o filho pequeno caiu para fora e a roda de trás passou por sobre o menino.
Ele me contou, que parecia que o menino tivesse morto. Mas ele e os pais continuaram em oração até que o menino deu sinais de vida. E ele ficou mais alguns dias com a família até que o menino ficasse completamente curado. Orlando Trentini, dezembro de 2006, Rio Vista, Califórnia, EUA.
Leia o texto completo do Histórico dos primórdios da Ciência Cristã ou Christliche Wissenschaft no Brasil em http://www.trentinicsb.com.
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