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Mapparium ®
Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; constitui a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”[…].
Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy
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Sura Al-Fatiha:
oração diária dos mulçumanos
Um traço essencial de qualquer religião é o que se pode chamar de “divino”, ou, em outras palavras, uma realidade que é maior do que o humano. A forma como esta realidade é definida no islamismo e a maneira como Deus é concebido e como seus devotos se aproximam dele nos dão um compreensão mais clara desta tradição.
De acordo com o islamismo, Deus, numa expressão de sua infinita misericórdia e preocupação com a humanidade, revelou no Alcorão (Quram) sua vontade e sua orientação sobre como viver no mundo – é neste texto sagrado que é tornada explícita sua aterradora presença: “Deus é aquele que erigiu os céus sem apoio, como se pode ver, e depois sentou-se em seu trono e sujeitou o sol e a lua à sua vontade. […] Ele regula todos os assuntos” (Sura 13: 2).
A primeira Sura do Alcorão
O islamismo concebe Deus como aquela realidade da qual emanam todas as coisas. O termo para designar Deus no Alcorão é Alá (Allah), que significa, simplesmente, “o [único] deus” (al-ilah): “Deus atesta que não há deus senão ele, como o atestam os anjos e os que possuem conhecimento. Ele só age com justiça. Não há deus senão ele, o Todo-poderoso, o Todo sábio” (Sura 3:18).
A relação entre mulçumanos e Deus é animada por três princípios que derivam diretamente do Alcorão. O primeiro princípio, tawhid, poderia ser traduzido simplesmente como “unidade de Deus”.
Segundo esta ideia islâmica central, ele é absoluta e inevitavelmente Um, uma unidade perfeita, único em si mesmo. Mas uma tradução mais exata seria “afirmação da unidade divina”, o que engloba a responsabilidade crucial dos mulçumanos de impregnar sua fé (iman) e sua prática (islam) com sua crença na terrível justiça e unidade do divino. Assim, a tawhid (“unidade divina”) torna-se um chamamento a uma vida solícita e piedosa. […]
Fonte: Conhecendo o Islamismo: origens, crenças, práticas, textos sagrados, lugares sagrados de Matthew Gordon, Editora Vozes, 2009.
A primeira Sura do Alcorão
A Sura Al-Fatiha "A Abertura" (em árabe: الفاتحة), é o primeiro capítulo do livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão. Seus sete versos são uma oração por orientação divina e um louvor ao senhorio e a misericórdia de Deus. Este capítulo tem um papel especial nas tradicionais orações diárias, por ser recitado no início de cada unidade de oração, ou rak'ah.
Sura Al-Fatiha em Alfabeto Árabe
- بسم الله الرحمن الرحيم
- الحمد لله رب العالمين
- الرحمن الرحيم
- ملك يوم الدين
- اياك نعبد واياك نستعين
- اهدنا الصرط المستقيم
- صراط الذين انعمت عليهم غير المغضوب عليهم ولا الضالين
- الحمد لله رب العالمين
Só o texto árabe original, revelado ao profeta Maomé, é chamado de Alcorão (Corão). As traduções em outros idiomas são tratadas pelos muçulmanos apenas como interpretações, porque não há certeza se o tradutor entendeu direito a Palavra de Deus.
Transliteração
- Bismillāhi r-rahmāni r-rahīm
- Al-hamdu li-llāhi rabbi l-ʿālamīn
- Ar-rahmāni r-rahīm
- Māliki yawmi d-dīn
- Iyyāka naʿbudu wa iyyāka nastaʿīn
- Ihdinās ṣirāṭ al-mustaqīm
- Ṣirāṭ al-laḏīna anʿamta ʿalayhim ġayril maġdūbi ʿalayhim walā ḍ-ḍāllīn.
- Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
- Al-hamdu li-llāhi rabbi l-ʿālamīn
Dargah Dastageer Sahab, antiga mesquita de Caxemira - subcontinente indiano hoje dividida entre a Índia e o Paquistão.
A Sura Al-Fatiha em português
Em nome de Deus, o Misericordioso, o Compassivo,
Louvado seja Deus, o Senhor de todo o ser.
O Misericordioso, o Compassivo.
Soberano do dia do Juízo.
Somente a ti servimos,
Somente a ti imploramos ajuda.
Guia-nos no caminho reto.
O caminho daqueles que abeçoaste.
Não daqueles que desaprovas,
Nem daqueles que se extraviam.
Comentário
Declaração sucinta, a sura de abertura do Alcorão comunica ideias da tradição islâmica ”Senhor de todo ser (ou ‘dos mundos’)”, está acima do mundo e é totalmente distinto dele. Neste sentido, os atributos a Ele conferidos só podem dar uma ideia aproximada de suas qualidades de misericórdia, compaixão e poder criador. No entanto, por mais que esteja distante, Ele está sempre presente e atento, e assim a única resposta apropriada é o louvor e e adoração.
A sura deixa claro também que os seres humanos devem assumir a responsabilidade pelas opções a eles apresentadas. Podem optar por adorar a Deus ou, como diz a sura, permanecer “no caminho” e assim receber orientação divina, ou então podem aventurar-se para longe, seja por descuido ou por deliberada recusa a aceitar essa orientação.
Inúmeros versículos do Alcorão associam Deus à orientação que Ele proporciona e muitos insistem na imagem do caminho reto. Assim, essa imagem aparece em toda a literatura islâmica, tanto exegética como de outro tipo. Nas palavras do próprio Alcorão, o Caminho é a senda das trevas para a luz. Em outras passagens é descrito como o caminho pelo qual andarão todos os seres no dia da ressureição.
Neste caso, é descrito como uma ponte estreita como um fio de navalha, estendida sobre as chamas do inferno, que somente os justos podem ter esperança de atravessar sem cair nas profundezas.
A Surat al-Fatiha é comparada muitas vezes, tanto por seu conteúdo quanto pelo uso diário, com a Oração do Senhor (Pai-nosso) na tradição cristã. Texto curto, é facilmente memorizado na infância e depois recitado pelos mulçumanos em todas as fases da vida.
Neste sentido, é uma das diversas fórmulas verbais e expressões – curtas ou longas – que pontuam a fala dos mulçumanos. Uma expressão comum é al-salamuallaykum ou “paz a ti”, saudação típica usada apenas entre mulçumanos.
Fonte: Conhecendo o Islamismo: origens, crenças, práticas, textos sagrados, lugares sagrados de Matthew Gordon, Editora Vozes, 2009.
Matthew Gordon é professor associado no Departamento de História da Miami University em Oxford, Ohio.
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