domingo, 1 de dezembro de 2013

A BÊNÇÃO DAS LIÇÕES BÍBLICAS


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A Bênção das Lições Bíblicas

HANS LIESEGANG
Original em alemão


 No Manual de A Igreja Mãe, a Sr.a Eddy deixa clara a importância das Lições-Sermão. Diz: "Os Leitores de A Igreja Mãe e de todas as igrejas filiais deverão dedicar parte adequada do seu tempo à preparação da leitura da lição dominical — lição da qual grandemente depende a prosperidade da Ciência Cristã" 1
A prosperidade do movimento da Ciência Cristã é de interesse para seus adeptos. Tudo o que é bom para o movimento, deve ser bom para seus membros. Por isso o estudo profundo da Lição-Sermão promove o progresso dos membros, individualmente, e do movimento, como um todo.
Ler, por si só, não basta. O significado espiritual das citações precisa ser captado. Isso requer tempo. Quem quer que julgue não dispor de tempo suficiente, poderá contentar-se com o estudo cuidadoso de uma ou duas das seis seções que constituem cada lição. A lição inteira, contudo, forma um todo coerente. Por isso, muitos se habituaram a ler toda a lição diariamente.
Esta também era minha primeira atividade cada manhã. Mas depois da primeira ou segunda seção meus pensamentos repetidamente vagueavam pelas coisas materiais e afazeres do dia. Daí não era mais um estudo a fundo da letra ou um embeber-se do espírito, como deveria ser. A Sr.a Eddy escreve: "Pergunta. — Como posso progredir mais rapidamente na compreensão da Ciência Cristã?
"Resposta. — Estuda a fundo a letra e embebe-te do espírito." 2 Progredir rapidamente era o que eu queria.
Certa manhã, percebi como eu estava agindo irracionalmente. Ora, eu afirmava que Deus é Tudo e o único poder, e no entanto, eu Lhe vinha dedicando apenas uma pequena porção de tempo de leitura atenta. É certo que eu não O estava esquecendo, porém estava atribuindo às coisas materiais uma importância indevida.

Enquanto ponderava sobre isso, foi como se uma nova luz despontasse sobre mim. Era uma espécie de iluminação que as palavras não podem descrever. Era o Cristo, a ideia verdadeira e espiritual de Deus, que vinha à consciência humana. Depois disso, as coisas materiais tornaram-se menos importantes. Deus assumira o primeiro lugar. A totalidade de Deus passara a ocupar o meu pensamento e me concedera descanso, paz, alegria, liberdade e segurança.
A leitura da lição deixou de ser um ato de obediência simbólica, às vezes empreendido voluntariosamente visando a melhorar o status, ou tomar posse de algo. Passou a ser um grato reconhecimento do poder da compreensão espiritual para produzir a harmonia e o bem em nossas vidas.
Por meio do Cristo, a Verdade, o estudo diário passou a ser um anseio prazeroso de fazer uso das possibilidades presentes, de experimentar agora o céu que me fora revelado. Só a revelação divina é capaz de convencer a razão, mostrando-lhe a nulidade da matéria.
Cada visão da realidade espiritual, cada percepção da verdade, liberta a consciência humana livrando-a de uma sugestão mesmérica. Tais sugestões são a mente mortal ou a crença errônea na vida material. Quando confrontada com uma verdade que foi reconhecida, a mente mortal começa a perder o aparente controle do pensamento, e a compreensão espiritual toma conta.
O anseio de salvar-se do pecado, da doença e da morte — de todas as limitações impostas pelo sentido mortal — está em todos os homens. É o desejo de elevar-se mais. A Sr.a Eddy escreve: "Devemos esforçar-nos para alcançar as alturas de Horebe, onde Deus é revelado." 3 
As alturas do Horebe da Ciência Cristã sempre se encontram acima da neblina das crenças materiais. A vista de lá é uma contemplação do que Deus cria — o universo espiritual. Em tal contemplação há cura. As Lições-Sermão do Livrete Trimestral da Ciência Cristã indicam o caminho às alturas desse Horebe. Vale a pena estudá-las a fundo.
Foi o que fiz naquela manhã pela primeira vez, durante três horas, com perfeita atenção e uma alegria até então desconhecida. A aparente perda de tempo foi duplamente recompensada. A agenda total programada para aquele dia foi atendida harmoniosa e rapidamente.
Senti a certeza e a promessa expressas em Isaías: "Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra e a fecundem e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei." 4 

Por meio de nossa compreensão dessa promessa, Deus, a Verdade, dá ao homem domínio sobre as circunstâncias humanas. Cristo Jesus tinha essa compreensão e domínio. Curou os doentes e os pecadores e ressuscitou os mortos. Habilitou aqueles que careciam de certas coisas a serem supridos abundantemente do que necessitavam.
Mandou Pedro buscar o dinheiro para os impostos na boca de um peixe. Alimentou milhares de pessoas quando, à percepção humana, havia disponível apenas uns poucos pães e peixes. Passou imperturbado por entre a multidão que queria causar-lhe dano. Deu muitas outras provas de que a Verdade, quando percebida, faz maravilhas pelos mortais. Seus discípulos também deram provas do poder do Cristo. E ele ainda hoje está evidente nas curas.
Para mim, passou a ser bem mais fácil e harmonioso o desempenho de minhas atividades comerciais. Havia menos dificuldades. Assim, desde aquela manhã, sempre houve tempo suficiente, todos os dias, para um estudo atento de toda a lição.

Aplicada corretamente, a Ciência Cristã educa o pensamento levando-o a afastar-se das digressões e crenças materiais e a adentrar-se na observação e percepção espirituais.
 Seus adeptos vêm aos serviços da igreja não só para receber algo, mas também trazem consigo o conhecimento do significado espiritual das passagens que são lidas. Vêm na consciência da presença do Cristo incorpóreo, que livra de grilhões materiais os seus próprios pensamentos e os dos visitantes, eleva-os, torna-os receptivos à cura e cura-os. Recebem e aproveitam a bênção que a compreensão do significado espiritual das Lições Bíblicas traz consigo.
1Manual, Art.3º,§1º; 2 Ciência e Saúde, p. 495;  3ibid., p. 241;  4Isaías 55:10, 11. 
Fonte:  O Arauto da Ciência Cristã, dezembro de 1974. The Christian Science Publishing Society, todos os direitos reservados. 

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