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Dr. Laurance Doyle, é o verdadeiro homem renascentista, gosta de descobertas. Sua paixão é mergulhar nos mistérios científicos, que vai, como freqüentemente citado na série Jornada nas Estrelas, para "onde nenhum homem jamais esteve".
Crédito: Sean F. Hanser
Muito antes da descoberta do primeiro planeta fora do nosso sistema solar, o astrônomo Dr. Laurance Doyle, que entrou para o Instituto SETI em 1987, começou a teorizar a respeito da habitabilidade de planetas em torno de outras estrelas, tornando mais claro sobre as condições necessárias para que um planeta possa favorecer a presença de vida. Baseando-se em sua experiência em processamento de sinal, ele agora procura padrões em dados astronômicos, enquanto busca planetas extra-solares .
Laurance começou a usar estas mesmas ferramentas estatísticas para procurar padrões na comunicação animal. Baseando-se em conceitos centrais da teoria da informação, ele e seus colegas da Universidade da Califórnia, em Davis, mediram precisamente a complexidade das canções de baleias jubarte. Comparando-os com a comunicação de outras espécies - incluindo os seres humanos . No futuro, ele pretende expandir essa linha inovadora de pesquisa, movendo-se para o próximo nível de compreensão da comunicação animal, e aplicá-lo no SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ). [Interview with Dr. Laurance Doyle – A Man of Many Firsts - www.seti.org/node/463]
Laurance Doyle, reside em Mountain View, CA, USA. Obteve grau MSc. na Universidade Estadual de San Diego (1982), Ph.D. na Universidade de Heidelberg (1986). Trabalha como Astronomo no SETI Institute e NASA Ames Research Center. Serviu a Primeira Igreja de Cristo, Cientista, A Igreja Mãe, em Boston, EUA, como palestrante. Em outubro de 2013, no Centro Cultural Skirball, em Los Angeles, California, em sua palestra "Física e Metafísica", conversou sobre como as limitações da matéria estão sendo quebradas e como a ciência moderna está questionando pressupostos estabelecidos.
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A astronomia da Ciência Cristã
Laurance Doyle
Mary Baker Eddy escreveu: “Os sóis e os planetas ensinam lições sublimes” (Ciência e Saúde, p. 240). Interessei-me por astronomia quando ainda era muito jovem. Mas, também frequentava a Escola Dominical da Ciência Cristã. No encerramento de cada aula na Escola Dominical, o Superintendente lia “a exposição científica do ser”, que diz, em parte: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (Ibidem, p. 468). Portanto, perguntava-me como poderiam os sóis e os planetas ensinar lições sublimes, se eles são materiais?
Minha resposta veio de algo que Cristo Jesus ensinou, como também do que a Sra. Eddy escreveu sobre ele. Ao ensinar sobre o suprimento de Deus, Jesus disse: “Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles” (Mateus 6:28, 29). Portanto, podemos realmente aprender algo dos lírios, se pensarmos espiritualmente acerca do que eles possam nos ensinar. Achei muito interessante.
Eddy também escreveu: “Jesus de Nazaré foi o homem mais científico que já palmilhou a terra. Ele penetrava por baixo da superfície material das coisas e encontrava a causa espiritual” (Ciência e Saúde, p. 313). Isso talvez fizesse parte daquilo que Jesus estava nos ensinando a fazer: ver as coisas espiritualmente.
Será que eu poderia considerar as estrelas espiritualmente? Existiriam dois universos, um material que devemos deixar para trás e um espiritual que, por fim, iremos habitar? Ou, em vez disso, há somente um universo que temos de deixar de ver materialmente e, ao contrário, percebê-lo como criado pela Mente infinita e composto por sua manifestação infinita? Seria o universo essencialmente matéria morta, ou Deus, a Vida, realmente enche todo o espaço?
Se essa última proposição for verdadeira, então, todas as coisas expressam a Vida? Nesse caso, sóis e planetas também a expressam, e não deveríamos olhar para eles como objetos materiais, mas sim como ideias espirituais, como criações de Deus. Não seria essa a verdadeira astronomia, lições da grandeza espiritual da criação?
Ao profetizar sobre a Ciência Cristã nas profissões, Eddy escreveu: “O astrônomo não olhará mais para as estrelas - delas olhará para o universo... (Ciência e Saúde, p. 125). Observei que “o astrônomo” nessa passagem está no singular, enquanto que “estrelas” está no plural. Portanto, essa sentença não está se referindo a viagens espaciais, nem tampouco a olhar a partir de uma única estrela. Olhar das estrelas é claramente uma perspectiva que só a Mente infinita pode ter.
Mas, então, lemos em Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896: “O homem é a imagem e semelhança de Deus; tudo o que é possível a Deus, é possível ao homem como reflexo de Deus” (p. 183). Por conseguinte, não somente podemos ver o homem da criação de Deus como a Sua imagem e semelhança, o que leva à cura, mas também podemos ver o universo perfeito da criação divina, com resultados sanadores.
Saber que o universo está repleto das ideias de Deus, e não de matéria, inclui o elemento sagrado tão importante em todo o trabalho que fazemos. Meu trabalho profissional como astrônomo faz dos sóis e planetas (inclusive lírios) meus professores, quando me esforço por compreender o quão ilimitada a Mente infinita realmente é. Saber que a Mente é a fonte de tudo tem me habilitado a captar ideias inteiramente novas, à medida que aprendo a ouvir espiritualmente.
Saber que o universo está repleto das ideias de Deus, e não de matéria, inclui o elemento sagrado tão importante em todo o trabalho que fazemos.
Apenas como um exemplo referente ao meu trabalho, consegui descobrir (e desenvolver com meus colegas) três dos dez maiores métodos de detecção de planetas extrasolares, o quais estão atualmente sendo usados no mundo inteiro com o objetivo de encontrar planetas em torno de outras estrelas. Embora tenhamos de mostrar matematicamente, em trabalhos científicos e técnicos, que esses métodos realmente funcionam, ideias plenas sempre vieram como inspiração, juntamente com a certeza antecipada de que funcionariam.
Portanto, não importa qual atividade estejamos desenvolvendo, ela precisa ser compreendida como uma ação espiritual, quer seja limpar o chão ou buscar novos planetas. Eddy descobriu a Ciência dos ensinamentos de Cristo Jesus, com base no fato fundamental de que “a perfeição é a base da realidade" (ver Ciência e Saúde, p. 353). A consagração de uma grande cientista foi essencial para a descoberta dessa verdade. Podemos adquirir conhecimentos práticos para descobrir essa perfeição e demonstrá-la, em tudo o que fizermos.
Fonte: O Arauto da Ciência Cristã, edição de agosto de 2012. Artigo publicado originalmente na edição de junho de 2011 de The Christian Science Journal. The Christian Science Publishing Society, todos os direitos reservados.
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PARA REFLETIR:
HOMEM. A idéia composta que expressa o Espírito infinito; a imagem e semelhança espiritual de Deus; a representação completa da Mente. Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 591:6-9.
FILHOS. Os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor. Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 582: 29-30.
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