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Fotos: banho no rio Três Barras - atividade de lazer da
1ª Oficina Bíblica de Férias: “Como estudo a Lição-Sermão”
Janeiro de 2011 - Garuva, SC, Brasil.
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Conteúdo desta postagem:
I. Comentários sobre relatos bíblicos:
- Uma espiritualidade de cura (Alberto Nolan)
II. Para pensar:citação do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy
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I. Comentários sobre relatos bíblicos
Os estudos bíblicos se constituem numa vibrante área de pesquisa que publica de forma intensa. Isso deve-se ao facínio que os textos antigos exercem sobre os leitores contemporâneos, seja como texto de saber histórico, seja como texto que sempre se mostra aos leitores de forma renovada.
Por isso, a Bíblia é estudada numa riqueza de perspectivas, abordagens, métodos e hermenêuticas. Ao interesse pelo texto bíblico soma-se a busca por sua origem, da mesma forma que pelos textos que lhe são vizinhos: os apócrifos, pseudepígrafos, os Manuscritos do Mar Morto. Gabrielle Boccaccini - leciona no Departamento de Estudos do Oriente Próximo da Universidade de Michigan, EUA.)
Uma espiritualidade de cura
Alberto Nolan
O autor focaliza a espiritualidade de Jesus e analisa, com dados atuais da exegese, o seu perfil religioso, apresentando-o como modelo a ser seguido. A obra Jesus Hoje – Uma espiritualidade de liberdade radical, Editora Paulinas, compõem-se de quatro partes, de onde este texto foi selecionado.
O ponto de partida da espiritualidade de Jesus, a experiência de Deus como abbá, incluía a consciência de que Deus era um Pai amoroso para todos os seres humanos. Deus ama e perdoa todos os homens, mulheres e crianças de forma incondicional. Era com essa convicção que Jesus se aproximava das pessoas de seu tempo.
Embora fosse um crítico radical da sociedade em que vivia, Jesus nunca julgava ninguém. Não atribuía culpas a ninguém, tampouco acusava ou condenava indivíduo algum.
O Cristo e a mulher adultera – Rodolf Bernardelli,
Mármore, 1881, Museu Nacional de Belas Artes.
Nunca o encontramos fazendo sermões de moral, procurando bodes expiatórios ou imputando culpas fosse a que fosse. A sua atitude diante das pessoas de sua época que tinham o rótulo de “pecadoras” era extraordinariamente diferente da atitude de outros líderes religiosos. Estes julgavam e condenavam as prostitutas, os publicanos, as pessoas que não jejuavam nem respeitam as leis relativas à alimentação e às ablusões e aqueles que não respeitavam o sábado nem os outros mandamentos.
Ao virar os conceitos do seu tempo de pernas para o ar, Jesus rejeitava qualquer forma de religião legalista ou moralista. Ainda hoje, há pessoas que veêm a religião apenas como um sistema de e principios morais sancionados por Deus. Deus faz as leis, julga-nos segundo elas e, na vida futura, distribuirá as recompensas e os castigosos apropriados. Podemos encontrar a mesma cultura da atribuição de culpas entre aqueles que não são absolutamente religiosos. Sempre que há algum problema, as pessoas costumam olhar à sua volta em busca de alguém a quem acusar. Procuram um bode expiatório.
Albert Nolan, nasceu em Cape Town (África do Sul) em 1934. Ingressou na Ordem dos Dominicanos em 1954, e estudou em Roma, onde obteve seu doutorado. Teólogo renomado, autor de diversas obras, desempenhou um papel significativo na luta contra o apartheid. Em 2003, foi agraciado com a ordem Luthuli, concedido pelo governo sul-africano por sua luta em prol da democracia e dos direitos direitos humanos.
Nota: O texto Uma espiritualidade de cura não representa necessariamente a opinião deste blog nem de nenhuma das igrejas do Movimento da Ciência Cristã. Foi publicado para refletirmos sobre a importância do estudo da Bíblia em seu contexto histórico, nas dimensões política, social, cultural e econômica. Conforme recentes descobertas sobre fatos nela registrados e opinião de estudiosos do texto bíblico, como objetivo de alcançarmos o significado espiritual das Escrituras.
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II. Para pensar:
“O sanador a quem falte compaixão por seu semelhante, carece de afeição humana, e temos autoridade apostólica para declarar: “Aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” Não tendo essa afeição espiritual, falta ao sanador fé na Mente divina e ele não tem aquele reconhecimento do Amor infinito, que é o único a conferir o poder curativo”.
Ciência e Saúde com Chave das Escrituras – 366:11-18, Mary Baker Eddy