sábado, 30 de janeiro de 2016

OS DESDOBRAMENTOS DO TEXTO DE CIÊNCIA E SAÚDE COM A CHAVE DAS ESCRITURAS

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OS DESDOBRAMENTOS DO TEXTO DE
CIÊNCIA E SAÚDE COM A CHAVE DAS ESCRITURAS



No inverno de 1866, a vida de Mary Baker Eddy mudou completamente. Ela se machucou gravemente numa queda no gelo, na cidade de Lynn, Massachusetts. O médico que a atendeu achou que não havia esperança de recuperação. Ela pediu a Bíblia e leu relatos das curas efetuadas por Jesus. Seguiu-se um momento de profunda compreensão. Foi curada no mesmo instante.

Esse acontecimento mudou sua maneira de ver o mundo. Poderíamos dizer que foi para ela como passar da teoria de Ptolomeu para a de Copérnico. Acabou dando um direcionamento específico para suas pesquisas. Buscando uma explicação do Princípio da cura, ela aprofundou-se ainda mais no estudo da Bíblia. Testava o que aprendia, curando outras pessoas.

Um dia, por exemplo, recebeu um telegrama onde lhe pediam que fosse orar para uma mulher que estava morrendo de pneumonia. A paciente agonizava, respirando com muita dificuldade. Mary Baker Eddy orou à sua cabeceira e a mulher foi curada. O médico que tratava do caso, o Dr. Davis, da cidade de Manchester, New Hampshire, que testemunhou o fato, instou com a senhora Eddy que escrevesse um livro para explicar seu método de cura.  O Arauto da Ciência Cristã, fevereiro de 1997


Vitrais  d' A Igreja Mãe, A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, Boston, E.U.A.
 

 1866 - 1869: Durante três anos Mary Baker Eddy buscou na Bíblia "uma regra positiva", para explicar as curas que aconteceram no Velho Testamento e nos chamados milagres de Jesus.

Seus primeiros escritos sobre a Ciência Cristã começaram com anotações a respeito das Escrituras. Durante aproximadamente três anos, não consultou nenhum outro livro a não ser a Bíblia.

1870: Mary Baker Eddy consegue o direito de autor para o escrito "A Ciência do Homem", utilizado em sua primeira classe sobre Ciência Moral. Neste mesmo ano este manuscrito  é enviado para o impressor. Esta edição não incluía as páginas sobre magnetismo animal (mesmerismo).

1872: Eddy começa a trabalhar em seu livro. Sendo obrigada, nos anos que o escrevia, a mudar-se de um lugar para o outro, não menos que oito vezes. A cada vez, somente levava consigo uma cadeira e seu baú. Isolando-se durante mais de três anos, privando-se de tudo, exceto das necessidades básicas da vida, enquanto escrevia.

Quando o manuscrito do livro se aproximava do final, Mary Baker Eddy pesquisou um título apropriado para ele. Esperou semanas antes de decidir pelo título Ciência e Saúde. Aqueles a quem sussurrava o título riam dela,  dizendo que não era apropriado. Seus amigos literatos aconselhavam a não escrever um livro como este. Os alunos diziam que ninguém o entenderia. Mas, a coragem de suas convicções nunca a abandonou.

Eddy tentou encontrar um editor para o livro, porém sem sucesso. Com ajuda de alunos, levantou 2.200 dólares para imprimir a primeira edição. No entanto, teve de revisar mais de 500 páginas e corrigir milhares de palavras que o tipógrafo havia acrescentado, alterando o significado original do que havia escrito. Mesmo com os erros e as complicações seguiu em frente com a publicação do livro.

1875: Publica-se, em outubro, 1000 exemplares da primeira edição de Ciência e Saúde. Sobre ele, Mary Baker Eddy,  em Retrospecção e Introspecção, no artigo "Apreciado Volume", escreve: "A primeira edição de minha obra mais importante, Ciência e Saúde, contém a exposição completa da Ciência Cristã...". 

  

 
1ª edição de Ciência e Saúde



Mary Baker Eddy esteve aprendendo a Ciência Cristã, passo a passo, de 1866 a 1875, fazendo crescer, gradativamente,  a maravilhosa semente que havia descoberto, como honesta pesquisadora. Foi uma evolução prática. Estava alcançando, por experiência e demonstração, a comprovação científica daquilo que descobrira. Conduziu sua pesquisa, para  descobrir que toda causalidade era a Mente e todo efeito um fenômeno mental  Retrospecção e Introspecção p. 24:10-11  "... descobri a Ciência do Cristo ou   seja, as leis divinas da Vida, da Verdade e do Amor...".  Ciência e Saúde p. 107:1

1878: sai do prelo somente o volume II da segunda edição de Ciência e Saúde, apresentando na capa o desenho de uma arca. No frontispício, a figura de Jesus ressuscitando a filha de Jairo.




1880: Em abril,  Eddy proferiu um sermão intitulado “A cura cristã”. No mês seguinte, esse sermão foi publicado em panfleto, tornando-se sua primeira publicação após Ciência e Saúde. Nele, adverte seus seguidores: 

“Cientistas Cristãos, vós que tendes tomado o nome de Cristo num sentido mais elevado, cuidai para permanecer fiéis às vossas declarações e alcançar a abundância de Amor e Verdade, pois, a menos que façais isso, não estareis demonstrando a Ciência da cura metafísica”. Christian Healing, Mary Baker Eddy





Esse era um problema que Eddy havia enfrentado praticamente desde que começara a ensinar. Muitos dos primeiros alunos, embora tendo apreendido algo de sua “Ciência”, achavam difícil permanecer “fiéis” e ”alcançar a abundância” no nível de retidão que a metafísica cristã exige. Obras falhas ou errôneas minavam o trabalho de cura desses alunos, o que, por sua vez faziam com que eles deixassem de apoiar o trabalho que ela desenvolvia para estabelecer a causa da Ciência Cristã” Mary Baker Eddy - Uma vida dedicada a cura, p. 105-106

 
 
Vitral  d' A Igreja Mãe, A Primeira  Igreja de Cristo, Cientista, Boston, E.U.A. 
 A  cura da filha de Jairo


“[...] A Sra. Eddy via grande perigo naquilo que mais tarde descreveu como “o erro de acreditar na cura mental, dizendo ter plena fé no Princípio divino, dizendo ‘sou Cientista Cristão' ", enquanto faz aos outros aquilo o que nos recusaríamos terminantemente a aceitar, se fosse feito a nós”. Escritos Misceláneos  Isso a levou a pesquisar “o mistério metafísico do erro”. Escritos Misceláneos

    Panfleto: Christian Science versus  cura mental  por Mary Baker Eddy G. -  1886.


Ela sabia que o mal era uma ilusão, mas também sabia que se sua verdadeira natureza não fosse especificamente posta a descoberto, o pensamento poderia ser influenciado, ainda que inconscientemente. Mary Baker Eddy - Uma vida dedicada a cura, p. 105-106

A edição seguinte (terceira) de Ciência e Saúde ampliou as dezesseis páginas sobre este assunto, reunindo-as em um capítulo de quarenta e seis páginas intitulado “Demonologia”. Os motivos que a levaram a dar tanta atenção a esta questão  podem ser depreendidos daquilo que ela, mais tarde,  acrescentaria no seu livro texto:

"Todo Cientista Cristão, todo professor consciencioso da Ciência da cura pela Mente, sabe que a vontade humana não é Ciência Cristã e tem de reconhecer isso a fim de se defender da influência da vontade humana. Ele se sente moralmente obrigado a abrir os olhos de seus alunos para que estes possam perceber a natureza e os métodos do erro de toda espécie, principalmente qualquer grau sutil do mal, que engana e é enganado.” Ciência e Saúde p. 451


Assim, no verão deste mesmo ano, ainda durante a preparação da terceira edição de Ciência e Saúde, a senhora Eddy havia "...compreendido completamente" a pretensa ação do magnetismo animal. Vencidas todas as dificuldades, no final da década de 1880, Ciência e Saúde atingiu uma procura tão grande que o livro voltava ao prelo quase que mensalmente.

1881: a terceira edição de Ciência e Saúde, em dois volumes, aparece com o emblema da cruz e a coroa em sua capa. Publicado pelo Dr. Asa Eddy, apresenta uma nota que denuncia a infração de direitos autorais por um estudante desleal à senhora Eddy. Além disso, apresentava longo capítulo sobre "Demonologia" e o texto Ciência do Homem, editado em 1870, agora como um capítulo, com o título de "Recapitulação".


 
Diadema ducal da cruz e a coroa,
capa da edição de 1881.




1883: a sexta edição de Ciência e Saúde,  com o título Ciência e Saúde uma Chave das Escrituras. Grifo nosso  "Uma Chave" é um novo capítulo do livro.


1886: a décima sexta edição do livro texto da Ciência Cristã é publicado com a título atual, "Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras", em um volume. A Chave contém quatro capítulos: "Gênesis", "Oração e Eucaristia", "Apocalipse" e "Glossário". O livro também apresenta um índice. Neste ano, é ainda lançada a vigésima primeira [21ª] edição, com o retrato de Mary Baker Eddy impresso no frontispício. 
 
1889: na quadragésima quinta [45ª] edição, o retrato de Mary Baker Eddy é removido do frontispício do livro texto. Neste ano, Eddy  reservou algum tempo, em meio ao trabalho intenso, para fazer um sermão sobre o Salmo 91 no Hall da Ciência Cristã, em Concord, New Hampshire. O Hall lotou. Os repórteres que estavam na plateia, posteriormente, comentaram sobre a facilidade com que ela se dirigia a um enorme número de pessoas.

1890: Eddy revisa completamente Ciência e Saúde. Trabalho que continuou realizando, até a impressão da edição final, lapidando o texto para que fosse compreendido por todos os níveis e estados de pensamento. Na medida em que tornava cada vez mais claras e compreensíveis as declarações radicais contidas nele.



Exemplo de revisão do texto de Ciência e Saúde - www.longyear.org



1891: a quinquagésima [50ª] edição de Ciência e Saúde , ao receber o novo e inédito capítulo "A Ciência, a Teologia e a Medicina", o texto sobre a Cidade Quadrangular de Apocalipse 21, no capítulo "Apocalipse" e os  títulos marginais em suas páginas  "marca uma época no movimento da Ciência Cristã" e "pretende ser o mestre do futuro, eliminando o ensinamento incorreto" The Christian Science Journal.


1894: na octogésima primeira [81ª] edição, com novos direitos, Ciência e Saúde recebe a inclusão dos Artigos de Fé da Ciência Cristã, o Salmo 23 com sua interpretação espiritual, além da redação final do capítulo "Apocalipse”.

1902: na ducentésima vigésima sexta [226ª] edição ocorre a acomodação final dos capítulos, sendo incluído o capítulo final "Frutos".

1903: lançamento da primeira Concordância Completa para Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.


                   
                                                                               
1906: as edições de Ciência e Saúde deste ano  não receberam numeração. No entanto, os direitos de autor  para a edição seguinte - conhecida como a "maior revisão", são conseguidos.

Em outubro, Mary Baker Eddy escreveu a um de seus auxiliares: 

"Tornou-se necessário publicar uma nova edição de Ciência e Saúde, pois as matrizes tipográficas estão gastas. Tenho pensado bastante, dia e noite, em revisar esse livro para tornar seu significado mais claro para o leitor que não conhece a Ciência Cristã.” História da Igreja, documento V03226 


Matrizes tipográficas - Mary Baker Eddy Library

Nos oito meses seguintes,  devota-se a esta tarefa. Em meio a este trabalho de revisão surgiu o maior dos desafios enfrentado por Mary Baker  Eddy. A competição de jornalismo sensacionalista, entre a revista McClure's Magazine e o The New York World, culminou num processo judicial contra alguns auxiliares de Mary Baker Eddy e dignitários de sua Igreja. Movido de forma ardilosa, em nome dela, por pessoas que se autonomearam seus "curadores".

Entre os "curadores" encontrava-se o filho dela, George, e uma das filhas dele, um sobrinho, um primo de Mary Baker Eddy, além de seu filho adotivo. Alegavam que ela encontrava-se mentalmente incapaz, sendo explorada por pessoas próximas.

A abordagem metafísica com que  Eddy enfrentou o processo, pode ser conhecida nas instruções que deu a pessoa a quem pedira que orasse sobre esse caso:

"Ela queria que a crença em "processo judicial" fosse tratada do ponto de vista da metafísica absoluta. Não queria que eu determinasse qual seria o veredicto, mas que me ocupasse em saber que a Verdade prevaleceria e que a Mente divina dirigiria o veredito - e realmente o dirigiu”. Reminiscências de pessoas que conheceram Mary Baker Eddy, (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1986, p. 115.

Depois que Mary Baker Eddy foi entrevistada, por uma junta de “Peritos” - um juiz, um psiquiatra (na época chamado alienista) e um advogado, encarregados de verificar sua competência na condução de seus próprios interesses financeiros, o caso foi encerrado a favor dela.

Um acontecimento particularmente interessante, em conexão com esse processo, foi a cura realizada por Eddy, de um repórter que tinha câncer na garganta e não podia mais falar. Chegando à procura de um escândalo, foi embora completamente curado. Mais tarde, ele se tornou Cientista Cristão e afirmou ter "uma dívida de gratidão à Sra. Eddy por sua cura...” Tomlinson, p. 6

Mary Baker Eddy, além de ter passado por esta  experiência difícil,  deve ter sentido as mudanças políticas, sociais e econômicas que ocorriam no seu próprio país e no mundo. À sombra destas experiências, provavelmente em 1906, acrescenta,  o último termo, com sua  definição, no Glossário do livro Ciência e Saúde: 

Noite. Escuridão; dúvida; medo. Ciência e Saúde p. 592


1907: depois de quarenta e quatro anos de árduo trabalho, na última e "maior revisão" 411ª edição realizada em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras"Até 10 de junho de 1907  ela nunca lera esse livro inteira e consecutivamente a fim de elucidar  seu sistema de ideias."  grifo nosso - Ciência e Saúde, p. xii

Trabalho concluído, Mary Baker Eddy presenteia a humanidade com a declaração sobre aquilo que o homem realmente é como reflexo de Deus. Definida em uma curta frase, onde repousa a estrutura completa do "sistema de ideiasda Ciência Cristã, ao responder a "Pergunta. -  O que é Deus?"  seguida da "Resposta. - Deus é Mente, o Espírito, a Alma, o Princípio, a Vida, a Verdade, o Amor; incorpóreo, divino, supremo, infinito." Ciência e Saúde 465: 9-12.


Nesta "maior revisão" de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras  um retrato de Mary Baker Eddy aparece impresso como frontispício. Detalhe que tinha deixado de existir, desde que seu retrato fora retirado, com sua ordem, na quadragésima quinta [45ª] edição.



1908: o selo (emblema) da cruz e a coroa da capa de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras sofre modificação, o diadema ducal da 3ª edição  passa para uma coroa celestial de doze estrelas. Em novembro, o retrato de Mary Baker Eddy, de aspecto escuro, é substituído, no frontispício, por um mais claro.

Em junho de 1903, ela convidou os Cientistas Cristãos que participaram da assembleia anual a visitá-la em Pleasant View, Concord, New Hampshire. De acordo com as reportagens dos jornais, umas dez mil pessoas apareceram em frente à sua casa para cumprimentá-la e ouvir algumas palavras dela.




Eddy muda-se para Boston e vai morar em Chestnut Hill a 26 de janeiro. Sobre a maneira como Eddy revisou Ciência e Saúde,  Marta W. Wilcox   nos dá um bom exemplo:

 "... quando eu estava trabalhando como camareira  da Sra  Eddy, e que me proporcionou uma grande lição. Foi quando a Sra Eddy escreveu e acrescentou, em Ciência e Saúde, as três últimas linhas à pagina 442: 

" Cientistas Cristãos, sede uma lei para vós mesmos, a lei de que  a má pratica mental errônea não pode vos causar dano, quer estejais adormecidos, quer estejais despertos".

"Ela escreveu quase ininterruptamente durante três  dias. Consultou o dicionário, a gramática, estudou sinônimos e antônimos e, quando deu por  concluído o trabalho, tinha essas três linhas prontas para serem acrescentadas ao livro "Ciência e Saúde"

"Admirei-me de sua perseverança e do tempo consumido em escrever essas três linhas. Mas ela havia elaborado uma declaração científica para os estudantes de Ciência Cristã que haveria de perdurar através de séculos. Depois de escrever durante três dias, ela nos deu três linhas, mas quem de nós poderá avaliar o valor destas três linhas?" Reminiscências de 
 pessoas que conheceram Mary Baker Eddy

1910: Mary Baker Eddy realiza as mudanças finais em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. O  capítulo "A Ciência Cristã e o Espiritualismo", passa a ter como título "A Ciência Cristã versus o Espiritualismo". Tradução para o português: 1963  -  "A Ciência Cristã contra o espiritismo";  2014 -  "A Ciência Cristã  frente ao  espiritualismo"  O capítulo "O Magnetismo Animal" aparece como "Desmascarado o Magnetismo Animal".


03 de dezembro de 1910: Mary Baker Eddy deixa este plano de existência no anoitecer,   Tendo escrito seu último e breve texto


"Deus é minha Vida".


 Christ and Christmas, Mary Baker Eddy and James F. Gilman, 1893.
colorido digitalmente


O 'sistema que denominou Ciência Cristã'  conduz o pensamento
que se  espiritualiza, para perceber a 'atmosfera de Deus'.
Ciência e Saúde VIII: 26

Viver a ‘atmosfera de Deus’,  expressão usada por  Mary Baker Eddy  para  o termo  “Ciência”,  ao logo de todo o texto da  primeira edição de Ciência e Saúde. Somente  é possível na medida  que o  sentido pessoal se dissolve. Deixando   a  consciência  perceber o governo da subjetividade divina em  nós. Sem intelectualismo ou simbolismos, mais como prova do crescimento do caráter cristão, ‘o evangelizar do eu humano’.

Cartão de admissão ao culto em memória  de Mary Baker Eddy 
assinado pelo diretor John V Dittemore




8 de dezembro: um culto em sua memória foi realizado na própria residência, em Chestnut Hill.  Foi enterrada no Cemitério Mt. Auburn, em Cambridge, e o local está marcado por um círculo de colunas que dá para um pequeno lago.

1911: publicação do Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras com as revisões finais da Sra. Eddy.

1918: após o falecimento de Mary Baker Eddy seus livros passaram a ser publicados por curadores, sob sua vontade. Pouco depois de 1918 os curadores privatizaram, como marca comercial,   as imagens do selo da cruz  e a coroa juntamente com a assinatura de Mary Baker Eddy. Registradas no Escritório de Patentes dos Estados Unidos. A propriedade destes símbolos foram mais tarde transferidos para o Conselho de Diretores da Ciência Cristã, que continua a mantê-los como sua propriedade.





Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras está publicado em 17 idiomas [inglês, português, alemão, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, grego, holandês, indonésio, italiano, japonês, norueguês, polonês, russo, sueco e tcheco] com mais de 9 milhões de livros vendidos.



Edições em português: 1963, 1967 e 1973.


Renovação das edições anteriores: 1991 e 1995.





Primeira revisão da tradução para o português: 2014






Fontes de pesquisaChristian Science Board of Directors: Irving C. Tomlinson, Twelve years with Mary Baker Eddy,  Boston: The Christian Science Board of Directors, 1966, p. 203. The Christian Science Publishing Society:  Ciência e Saúde com Chave das Escrituras -  Escritos Misceláneos - Retrospección e Introspección - La Idea que Los Hombres Tienen Acerca de Dios -  La Primera Iglesia de Cristo, Científico y Miscelánea -  Manual da  Igreja Mãe,  A Primeira Igreja de Cristo, Cientista em  Boston, Massachusetts - Púlpito y Prensa - O Arauto da Ciência Cristã, edição de fevereiro de 1997 - Mary Baker Eddy: uma vida dedicada a cura - Reminiscência de pessoas que conheceram Mary Baker Eddy, Boston: The Christian Science Publishing, 1986, p.115. Mary Baker Eddy Library: Science  and Health with Key to the Scriptures - Milestones.



Pesquisa e organização: Edésio Ferreira Filho, MSc.



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Vitral do livro aberto d' A Igreja Mãe,

A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, Boston, E.U.A.

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   SUGESTÃO DE LEITURA:





Conferência da Ciência Cristã, James Spencer, CSB.
O Arauto da Ciência Cristã, outubro 2014.



BREVE HISTÓRICO SOBRE AS LIÇÕES BÍBLICAS DA CIÊNCIA CRISTÃ


O TOP 10 DOS EQUÍVOCOS SOBRE A CIÊNCIA CRISTÃ

  
Perguntas e comentários envie 

e-mail: peabirucamp.contato@gmail.com
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

LAS ÓRBITAS DE DIOS

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Colagens de Barry Kite


"El hombre, moviéndose en la orbita de la mejor intención de Dios, nunca está solo. Es consciente de la actividad del Principio junto a él; siente el ánimo de la inmortalidad en toda su identidad; refleja el propósito divino como el latido innato de su ser. Está consciente de la omnisciencia, activo con la omnipotencia, y existe con la omnipresencia." Julia M. Johnston

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Las órbitas de Dios



Julia M. Johnston





El universo de Dios con su orden científico se está poniendo más en evidencia en esta época de investigación, invención y progreso religioso. A medida que el pensamiento humano va abandonando las creencias falsas sobre la materia, el tiempo y el espacio, se desarrollan esferas más amplias de percepción y acción. Esta tierra no es el horizonte del conocimiento. La sabiduría sobre las huestes del cielo se está multiplicando. Se le está prestando una atención más profunda al relato espiritual de la creación en el primer capítulo del Génesis.

En el grado en que el estudiante escudriña cuidadosamente este capítulo inicial de la Santa Biblia y su interpretación científica en Ciencia y Salud por Mary Baker Eddy, destacan dos hechos que son apropiados para la era espacial actual. El primero es que Dios, la Mente suprema, es el único creador; y el segundo es que al concebir sus ideas, la Mente incluye en cada una de ellas su propósito eterno.

Dios crea ideas de existencia, y si éstas no fueran acompañadas de propósito y control por toda la eternidad, su funcionamiento sería infructuoso. Tiene que haber utilidad continua para todo lo que Dios produce. Puesto que la Mente creadora es el origen del universo, éste tiene que ser lo máximo, lo que incluye todo. Esto implica que las ideas que emanan de la Mente divina permanecen eternamente dentro de las órbitas de la intención que Dios tiene para ellas.

Toda identidad verdadera, desde la más diminuta hasta la inmensidad, vive y se mueve en conformidad con la ley de Dios de la perfección inmutable. La ley de la atracción espiritual hace imposible que cualquier poder pueda sacar estas emanaciones de los circuitos que Dios les ha asignado, como partes permanentes del universo del bien que no tiene fin. 

Su posición está fija y no puede ser invadida. El error no podría vivir en la atmósfera del Espíritu, pero las ideas de Dios se embeben de su esencia santa y prosperan en ella. Colocadas triunfalmente en la órbita del propósito esencial para cada una, toda idea divina mantiene su curso constante y sin desviarse. Por toda la eternidad, persiste en su carrera ordenada y dirigida por Dios.

El impulso de cada concepto divino en la senda trazada por la Mente, en la vastedad de la infinitud, se lleva a cabo con las energías del Espíritu. Estas fuerzas son indestructibles, jamás permiten que la obra del Creador no llegue a su meta, que carezca del sustento esencial, ni que sea nulificada. El orden divino en toda la esfera de acción de la Mente nunca alcanza una etapa final, sino que siempre desarrolla el círculo de acontecimientos celestiales.

La Mente lanza sus ideas en órbitas que jamás son experimentales ni defectuosas. El primer capítulo del Génesis declara en términos inequívocos: “Vio Dios todo lo que había hecho, y he aquí que era bueno en gran manera” (1:31). Esta consumación ha durado desde antes del comienzo de la historia de la humanidad hasta ahora, y contiene en sí misma los elementos de continuidad eterna. Dado que la tierra y la luna siempre se mantienen en sus cursos, es lógico aceptar que el hombre, el punto culminante de la creación, tiene que permanecer desarrollando perpetuamente el señorío divino que se le ha concedido.

La Sra. Eddy, al escribir sobre el control que la Mente tiene sobre todo lo que realmente existe, dice en Escritos Misceláneos: “Esta Mente, entonces, no está sujeta a desarrollo, cambio o disminución, sino que es la inteligencia divina, o Principio, de todo el ser real, que mantiene al hombre eternamente en el ciclo rítmico de una felicidad creciente, como testigo viviente e idea perpetua del bien inagotable” (págs. 82-83). En esta declaración del origen divino y esencia del hombre se indica la predestinación de su unidad eterna con Dios.

Las órbitas de Dios no son canales limitados dentro de los que se confinan Sus ideas, sino oportunidades divinamente delineadas para reflejar la infinitud de la Mente. La seguridad científica de procedimiento impregna su atmósfera. La Mente no puede propagar sus ideas en un ambiente desemejante a sí misma en esencia, para que vaguen erráticamente por el tiempo, sino que las encauza precisamente por toda la eternidad.

El Maestro, Cristo Jesús habló de su identidad espiritual diciendo que provenía del Padre, haciendo siempre esas cosas que complacían al Padre y volviendo al Padre. Los hijos de Dios no se sambullen de cabeza en el mar de su propia destrucción, sino que se mueven en armonía con lo que su Creador sabe de antemano. No pueden desviarse hacia caminos engañosos, porque nunca están separados de la voluntad de Dios. El primer capítulo del Génesis es un relato de la creación tan verdadero actualmente como lo fue cuando se escribió por primera vez.

Los intentos actuales de lanzar naves espaciales para explorar nuevas esferas indican enfoques más cercanos a descubrimientos del orden divino. Pero ni las invenciones modernas ni el impulso humano para investigar el espacio, pueden en sí mismos interpretar suficientemente al infinito. 

Alturas, profundidades y distancias desconocidas de materia jamás pueden revelar la Verdad primordial. Sólo la Ciencia divina realmente puede atravesar la inmensidad e informar de la presencia del reino de los cielos por todo el espacio. Mediante la purificación de la conciencia humana, el pensamiento se eleva a la atmósfera de lo primario y último, el Todo eterno.

San Juan, en la Isla de Patmos, escribió que veía “un cielo nuevo y una tierra nueva,” (Apoc. 21:1) y lo que sucedía en ellos. Evidentemente contemplaba más de la naturaleza de la realidad que el conocimiento humano de los últimos siglos ha podido explicar. Y la Sra. Eddy, al referirse a su descubrimiento de la Ciencia divina, escribe en Retrospección e Introspección: “La mano divina me condujo a un nuevo mundo de luz y Vida, un nuevo universo –viejo para Dios, pero nuevo para su ‘pequeña’” (págs. 27-28). 

Después amplió esta declaración con la profecía siguiente en Púlpito y Prensa: “Quien vive en el bien, vive también en Dios, --vive en toda la Vida, a través de todo el espacio”(pág. 4).

El género humano ha sido entrenado durante siglos para creer que el hombre se ha alejado de Dios y caído en la mortalidad. Allí se supone que se mueve en órbitas hechas por él, que experimenta incertidumbre, fracaso, pecado, sufrimiento, limitación en todo sentido, y muerte. Todo esto es una conjetura falsa, porque no puede haber ninguna existencia aparte de Dios, que es Vida infinita.

 La Ciencia Cristiana ha venido para restaurar a todos los hombres la comprensión de la siempre contínua coexistencia de Dios y el hombre. Al prestar atención a esta revelación de la Verdad, la conciencia humana despierta a la posibilidad de moverse más allá de la atmósfera de la materia al conocimiento consciente de la existencia espiritual.

El reconocimiento de la existencia del hombre de acuerdo con el propósito que tiene la Mente para él, abraza a la humanidad paso por paso en la verdad de su propia demostración de inmortalidad. El pensamiento humano despierto se encontrará liberado de las llamadas leyes de la materia, la mente mortal y el mal, de la atracción aparente del magnetismo animal y el hipnotismo de las sugestiones mentales agresivas, y sostiene las leyes supremas de la Vida y el Amor.

Una ilustración de esto se puede encontrar en la vida del Maestro cuando caminó sobre el mar. Debido a que Jesús conocía y aceptaba la supremacía del Espíritu que abarca al universo y al hombre, fue liberado de la suposición falsa de la mente mortal, e incluido en la demostración divina. Ni el Jesús humano ni el Cristo, su identidad real, se hundieron en las olas. 

Jesús no fue dejado como víctima de las aceptadas leyes de la gravitación, el peligro o la destrucción. Lo humano no fue ignorado, descuidado ni abandonado a la muerte. Como Jesús confiaba en la verdad del hombre, formó parte de la intención suprema de la Vida para él, fue mantenido a salvo y seguro con el Cristo, ejerciendo señorío y libertad.

¡Cuán inalterable era la manera de actuar del Maestro tanto divina como humanamente! Porque conocía y recurría a su verdadera identidad como Hijo de Dios, su experiencia humana triunfó sobre todo intento del error de involucrarlo en la discordia o el desastre. Esta sabiduría espiritual le impidió que cometiera errores, que perdiera el tiempo en actividades infructíferas, de que fallara en su misión más elevada. 

Siempre la verdad acerca del hombre moviéndose dentro del alcance del propósito de Dios, lo llevó a la cumbre de la demostración por encima de todo sentido material. Nada podía quitarle su derecho de nacimiento o destino divinos. Vino a mostrarnos cómo seguir el mismo camino lleno de propósito que siguió él.

Esperando a nuestra puerta están los métodos espirituales de la existencia, a saber, la experiencia que evoluciona de la infinitud, la libertad que se eleva a partir de un entendimiento de la irrealidad de la materia. El hoy le ofrece a los hombres oportunidades para despojarse de muchos pesos terrenales, de cambiar las creencias antiguas por las realidades espirituales. 

La potencia de la Ciencia divina se expresa mediante leyes espirituales. A medida que se van demostrando, las ideas verdaderas salen a la superficie con el estudio y la revelación, entonces la avanzada de la exploración científica preparada divinamente, alcanza más allá de la atmósfera de la materialidad para tocar el reino de la inmortalidad.

El estudiante sincero de las matemáticas considera que la aritmética es sólo el primer paso en su estudio y práctica. Del mismo modo el Científico Cristiano aspira a lograr y demostrar cada vez más el cálculo de lo infinito. Cada visión nueva del orden divino, lo capacita para conocer con mayor claridad su identidad como Hijo de Dios. 

Entonces la lucha por seguir caminos autodelineados empieza a cesar, junto con sus decepciones, desilusiones y limitaciones frustrantes. En su lugar, brilla la presencia del Amor divino, que nunca ha dejado que el hombre haga su propia vida, sino que ha planeado y preservado el funcionamiento del reino de los cielos dentro de él para siempre.

Estar conscientes del propósito divino, cuidando y guiando el progreso del hombre, capacita a los hombres para dejar de creer en el azar, la voluntad humana, el destino malvado o el sentido personal como los árbitros de la experiencia de la gente. Trae una paz profunda, confianza y receptividad al control divino, que surte efectos infinitamente más grandiosos que los que los que les es posible lograr a los mortales.

Una conciencia tal quita el temor, la desesperanza o la resignación al destino, revelando así la gloria de la existencia celestial, aquí y en todas partes. El hombre, moviéndose en la orbita de la mejor intención de Dios , nunca está solo. Es consciente de la actividad del Principio junto a él; siente el ánimo de la inmortalidad en toda su identidad; refleja el propósito divino como el latido innato de su ser. Está consciente de la omnisciencia, activo con la omnipotencia, y existe con la omnipresencia.


Julia Michael Johnston foi cientista cristã ao longo de sua  vida - conheceu a Ciência Cristã  durante os primeiros anos do movimento. Sua mãe, Annie R. Michael,  frequentou a segunda Classe Normal de Ciência Cristã lecionada por  Mary Baker Eddy  no ano 1887 (fevereiro/outubro).

Julia Michael Johnston foi aluna de sua mãe em Classe Primária da Ciência Cristã  e  se  tornou  praticista, listado no The Christian Science Journal, em 1913. Seu professor de   Classe Normal foi o Juiz  Clifford P. Smith, graduando-se como  professora de Ciência Cristã em 1916. 

O  Juiz   Clifford P. Smith, CSB foi aluno de Edward A. Kimball, CSD,  em Classe Primária,  e de Bicknell Young, CSB, em Classe Normal de Ciência Cristã. O professor de Bicknell Young tinha sido aluno de Kimball em Classe Primária no ano de 1895 e em Classe Normal em 1901.

Julia M. Johnston ensinou em   Classe Normal no ano de 1940. Trabalhou como  praticista da Ciência Cristã em Lockport e Buffalo de 1913 até 1923,  então se mudou para Nova York  onde  morou   e praticou Ciência Cristã. 

Escreveu uma série de artigos sobre duas crianças criadas na Ciência Cristã, que mais tarde foi transformada em um livreto intitulado Elizabeth e Andy. Também escreveu a biografia de  Mary Baker Eddy intitulado Mary Baker Eddy: sua  missão e triunfo,  publicado em 1946.

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