quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A ETERNA RENOVAÇÃO DA VIDA

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1ª Igreja de Cristo,  Cientista  Porto Alegre, RS, Brasil
Foto: Edésio Ferreira Filho

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A eterna renovação da vida


Lou O'Dell
 

Estava com uns trinta e poucos anos, quando li um livro sobre envelhecimento, intitulado “Every Man a King” (Todo Homem é um Rei), de Orison S. Marden. Um capítulo intitulado “Não dê importância aos anos” foi minha primeira exposição à ideia de que o envelhecimento está relacionado com o pensamento.

Nesse capítulo, o Sr. Marden declara: “Digo aos anos: 'Von vencer vocês'. Aqui fala um espírito que nunca envelhecerá”. Ele cita um escritor que disse: “Melhor do que a arte de envelhecer com dignidade é o segredo de jamais envelhecer” (New York, Grosset & Dunlap, 1906, P. 201). Mas, naquela época de minha vida, eu realmente não dava nenhuma atenção ao assunto de envelhecimento.


Aproximadamente treze anos mais tarde, meu melhor amigo me apresentou a Ciência Cristã e me inspirou a ler Ciência e Saúde. Nesse livro, a história sobre uma senhora inglesa que aos 74 anos aparentava ter 20, por ter perdido toda a noção do passar do tempo, chamou minha atenção. Mas, de novo, não estava dando muita importância a isso.

À medida que os anos passavam, comecei a ficar mais interessado no assunto. Passei a imaginar se o processo de envelhecimento poderia ser revertido ou, pelo menos, retardado. Comecei a pesquisar o assunto e descobri algumas idéias interessantes. 

Por exemplo, o Dr. Deepak Chopra citou o sábio indiano Shankara, que diz: “As pessoas envelhecem e morrem porque elas vêm outras pessoas envelhecerem e morrerem” [Unconditional Life (Vida Incondicional), New York, Bantam Books, 1991, P. 69]. Isso despertou em mim a idéia de que deveríamos ser capazes de ignorar o envelhecimento, a doença e a morte das outras pessoas, o que, certamente, exigiria uma força e uma disciplina maiores do que eu, humanamente, possuía.


Ao volver-me à Bíblia, descobri muitas coisas sobre a força que nos é dada por Deus e me concentrei firmemente no que diz Isaías no capítulo 40, em que Deus promete dar força ao fraco que depende exclusivamente dEle. Além da Bíblia, também estudei com atenção Ciência e Saúde e outros escritos de Mary Baker Eddy.

Foi então que me dei conta de algo na página 245 de Ciência e Saúde que havia deixado de perceber nas inúmeras leituras anteriores daquela seção. A Sra. Eddy escreveu (referindo-se à mulher de 74 anos que aparentava ter 20): “Esse exemplo de juventude conservada constitui um indício proveitoso, baseado no qual um Franklin poderia ter trabalhado com mais certeza do que quando engodou o raio, atraindo-o, fascinado, das nuvens”.

Portanto, disse a mim mesmo: “Por que não ser esse Franklin”?

As manifestações físicas mudam à medida que mudas os pensamentos quanto ao efeito do acúmulo de anos.

Aqui estão algumas descobertas que fiz: em uma edição de agosto de 1884, do The Christian Science Journal,havia esta pergunta: “Será possível mudar uma forma envelhecida numa de juventude, beleza e imortalidade, sem a mudança chamada morte?”
 
Mary Baker Eddy respondeu: “Na proporção em que a lei da Verdade é compreendida e aceita, ela prevalece na personalidade e no caráter. As deformidades e enfermidades consideradas inevitáveis em função da idade, desaparecem sob o efeito de impressões mentais que contradizem essa crença. As manifestações físicas mudam à medida que mudas os pensamentos quanto ao efeito do acúmulo de anos. Se esperares ter mais utilidade e maior vigor como resultado dos anos avançados, com a mesma fé com que espera a decrepitude e a feiura, certamente terás um resultado favorável. A sabedoria que a idade e a experiência acrescentam é força não fraqueza, e deveríamos entender, esperar e saber que isso é assim, então esse fato ficaria evidente” (p. 3).


O segredo revelado pela Sra. Eddy está na primeira sentença de sua resposta: “Na proporção em que a lei da Verdade é compreendida e aceita...”. Pude perceber que o meu enfoque precisava estar na compreensão da lei da Verdade e aceitá-la. Isso significava que minha pesquisa não poderia se concentrar unicamente em envelhecer/não envelhecer, mas na compreensão da lei da Verdade.


É exatamente a isso que se refere meu estudo. Ela está certa! Quanto mais compreendo essa lei e a aceito, mais jovem me torno, vivenciando um maior vigor, não fraqueza. Por exemplo, com a idade de quase 80 anos, sou o Primeiro Leitor de minha igreja filial da Ciência Cristã, dou aulas para adultos sobre leis e contratos de seguros, sou proprietário e administro minha própria agência de seguros, treino ativamente executivos, e tomo conta de nossa propriedade, o que inclui cuidar de inúmeras árvores frutíferas.



Ou você encontra o trabalho de que gosta ou aprende a gostar do trabalho que faz. Em outras palavras: viva o ”Amor” 24 horas por dia.



Meu estudo, pesquisa e crescimento em compreensão abrangem os últimos 15 anos, mas, ás vezes, parece que apenas comecei. Uma de minhas conclusões tiradas desse trabalho refere-se ao que Paulo diz: “...a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3).

Para mim, isso significa, em termos atuais, que pensamentos, atitudes, sentimentos e crenças de caráter negativo matam, ao passo que pensamentos, atitudes, sentimentos e crenças de caràter positivo equivalem à Vida. É por isso que minha esposa e eu optamos por não dar ouvidos a conversas negativas. Isso nos custou alguns relacionamentos e limitou outros, mas achamos que isso nos tem ajudado a nos manter jovens e, em alguns casos, tem ajudado a desafiar outras pessoas a serem mais positivas. De fato, nossos amigos têm idades que variam entre 30 e 80 anos, sendo que um grande número deles são mais jovens.



Uma segunda conclusão a que cheguei é que as pessoas devem fazer o que gostam. Há duas maneiras de se resolver isso: ou você encontra o trabalho de que gosta ou aprende a gostar do trabalho que faz. Em outras palavras: viva o “Amor” 24 horas por dia. Por exemplo, minha esposa, que é um ano mais velha do que eu, cuida das contas a receber em uma empresa internacional, além das atividades domésticas normais. Ela gosta do que faz e seu trabalho cumpre o propósito de lhe proporcionar constantes desafios e produtividade.

A terceira conclusão a que cheguei, é permanecer ativo e sempre se dedicar a algo produtivo. Quando as pessoas começam a pensar em “diminuir o ritmo”, elas estão, de fato, dando consentimento à morte.


Finalmente, a quarta conclusão é estudar diligentemente para compreender as leis da Verdade e a lei do Amor, aceitá-las e implementá-las na vida diária.


 
Seguem alguns textos que foram muito úteis na minha pesquisa:


Bíblia: Josué 14:10, 11 | Salmos 1:1–3;  Salmos 103: 1–5;   Isaías 40:28–31;  Mateus 6:33;  João 8:51;  2 Coríntios 5:17;  Hebreus 11:5.


Ciência e Saúde: 80:1;  114:13–17; 208:24 a 209:26; 216:12–22; 217:19–28;   218:29–19;   244:7 a 249:11;  260:20 a 262:6;  383:5–10;  384:32–1;  394:5–12; 487:26–2.


Fonte: edição de Novembro  de 2005  da revista O Arauto da Ciência Cristã, Sociedade Editora da Ciência Cristã.


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