segunda-feira, 2 de julho de 2012

EUCARISTIA

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Conteúdo desta página

HISTÓRIA:

Eucaristia

    - Domingo, Páscoa…

    - Batismo: a alegria da água

    - Sacramentum

PARA REFLETIR:

   - Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy.

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HISTÓRIA:

 

Eucaristia

 

Domingo, Páscoa […]

A maioria dos cristãos dizia reunir-se para “dividir o pão”.

 

 Já que Cristo ressuscitou em um domingo, faz sentido que fosse adotado pelos cristãos como um dia sagrado. No entanto, como o domingo era dia útil no Império Romano, os cristãos – a não ser os autônomos – tinham de deixar para rezar antes ou depois do horário de trabalho. O mais provável é que os serviços religiosos acontecessem quase sempre nos domingos à noite.

O serviço religioso incluía uma refeição. A maioria dos cristãos dizia reunir-se para “dividir o pão”, e em algumas congregações criou-se o costume de servir uma refeição especialmente para os pobres. Os fiéis gostavam de  encontrar comida e bebida, já que chegavam famintos, depois de um dia de trabalho árduo, geralmente braçal.

Com o passar dos anos, porém, a refeição evoluiu, de um meio de saciar a fome, para algo simbólico, restrito a pão e vinho ou água, quando precedido de jejum. A intenção era evocar a última ceia,   quando Jesus declarou que o pão era seu corpo, e o vinho, seu sangue, determinando que os discípulos comessem e bebessem em memória dele. Conhecida como Santa Comunhão, a ceia do senhor, a missa ou Eucaristia era uma cerimônia profundamente mobilizadora para os participantes. Naquela “refeição jubilosa” sentiam a verdadeira presença de Cristo entre eles. 

Santa-ceia

 

A Páscoa, a celebração anual da ressureição de Jesus, não se tornou logo uma data especial para todos os cristãos. Os cristãos de Roma, por exemplo, demoraram a aceitá-la, preferindo lembrar a Páscoa todo domingo. Mais para o Oriente, a igreja começou a celebrar a Páscoa anualmente, no mesmo fim de semana em que os judeus comemoravam o Pessach.

 

 

A palavra Pesssach significa ‘passar sobre’,  em hebraico. O nome da festa tem sua origem no seguinte fato: antes que ocorresse a décima praga do Egito, a morte dos primogênitos. D’us mandou os hebreus marcarem com sangue de ovelha o batente da porta de suas casas. Assim,  o anjo da morte passaria sobre as casas marcadas e as famílias hebreias seriam poupadas da praga  (Nossas festas: celebrações  judaicas, Ronaldo Wrobel  – São Paulo: Francis, 2007).

 

A data variava de ano para ano, já que era determinada pelo equinócio de primavera no hemisfério Norte e pela lua cheia, caindo entre 22 de março e 25 de abril. Chegou a acontecer de igrejas cristãs celebrarem a Páscoa com uma semana de diferença. Finalmente, em 525 foi alcançado um acordo, mas os mosteiros irlandeses não aderiram.

 

Batismo: a alegria da água

 O Batismo era um ato consciente, o compromisso de dedicar a vida inteira a seguir Cristo. 

 

 O  novo cristão se iniciava na igreja por meio da cerimônia da água – o batismo. O termo, de origem grega, significa “purificação”. Tratava-se de uma cerimônia cristã, e não judaica. As pessoas batizadas eram, na maioria, adulta, e a imersão simbolizava o sagrado contato com Deus, que não devia ser rompido. O dia em que Jesus, ainda jovem, foi batizado no rio Jordão por João Batista, significou o início de sua vida como profeta e mestre, tal como seus seguidores, que apontaram o momento do batismo como o começo de uma nova vida.

Os primeiros líderes naturalmente preferiram um curso de água corrente, como o rio Jordão, para batizar. Mas o cristianismo começou a ser praticado nas cidades, e haviam poucos rios caudalosos disponíveis. Portanto, aceitava-se o que a geografia da cidade permitisse. Segundo o estudioso Tertuliano, a água é a única substância perfeita: alegre, simples, pura pela própria natureza.

TERTULIANO

 

Como a igreja cristã se espalhava por muitos locais relativamente isolados, os costumes variavam. Em Alexandria, batizava-se com a água do mar, e o horário perfeito era o nascer do sol. Por volta de 259, a rotina estava bem estabelecida: ”quando o galo cantar, a pessoa encarregada do batismo deve tomar posição junto à arrebentação, à água pura e sagrada do mar”.   Em muitas cidades do interior, as cerimônias do batismo, antes realizadas à beira dos rios, foram transferidas para o interior das igrejas. Daí surgiu a água benta.

 

Vários líderes cristãos argumentavam que as pessoas falecidas antes de serem batizadas não entrariam no reino dos céus, pois o pecado “original” – que toda criança traz ao nascer – não tinha sido apagado. Eles defendiam a prática de batizar os bebês, mas muitos cristãos discordavam. Segundo eles, o batismo é um ato consciente, o compromisso de dedicar a vida inteira a seguir Cristo; então, com poderiam os bebês com uma semana de nascimento chegar a tal decisão? Esse foi um debate que não chegou a uma conclusão e foi retomado sob forte emoção, no século 16, na Alemanha e na Suíça.

Durante a cerimônia de batismo comumente praticada no ano 200, o bispo deveria fazer uma advertência ao demônio:”Foge, pois o  julgamento de Deus está perto!” Então, as pessoas que iam ser batizadas voltavam o corpo e o rosto em direção oeste, para que o demônio saísse. Em seguida, voltavam-se novamente para leste e recitavam uma oração.

. É praticamente certo que em Roma, no século  segundo, recitava-se o Credo. Ainda ouvida na maior parte das igrejas, a oração representa uma simples e ardorosa declaração de fé que termina assim: “Creio no Espírito Santo, na santa igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressureição da carne e na vida eterna.”

batismo1

 

Seguindo a cerimônia, os cristãos eram ungidos com um óleo docemente perfumado. Depois de vestirem roupas brancas e talvez colocarem uma coroa sobre a cabeça, estavam prontos para a bênção final. O bispo molhava o polegar em óleo perfumado e, com ele, fazia o sinal da cruz sobre cada sobrancelha de cada um, dizendo: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A paz esteja contigo”. Então, os recém-batizados seguiam em procissão pelo interior da igreja repleta de fiéis. Lá, participavam pela primeira vez da Santa Comunhão.

Houve um tempo em que a época considerada mais propícia ao batismo de adultos era a Páscoa. Nas cidades grandes, batizavam-se centenas de pessoas ao mesmo tempo. Para acomodá-las, às vezes eram projetados batistérios – uma construção circular ou octogonal, no centro da qual havia uma pia batismal, usualmente feita de mármore.

Esses batistérios, em geral, eram altos, mas poucos espaçosos. Alguns estão entre os prédios mais suntuosos da Itália. Quem consegue esquecer uma visita ao batistério de Florença ou aos dois mais antigos da Ravena - o católico e o ariano -  com suas cúpulas cobertas de mosaicos primorosos?

Igreja e Batistério de Florença

batiterio

Batistério de Florença

 

Fonte: Geoffrey Blainey, professor da Universidade de Harvard e da Universidade de Melbourne, autor de mais de 35 livros dentre os quais “Uma breve história do cristianismo” de onde foi selecionado este  texto.

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Sacramentum

 

Sacramentum é o nome dado a um dos rituais dentro da  religião romana antiga que se seguiam após o início das hostilidades militares contra os inimigos. Através dele os cidadãos da   Roma Antiga adquiriam legitimidade religiosa para se transformar em soldados. Em outra acepção, o termo foi utilizado para significar a quantidade de dinheiro usado em tribunais.

Apenas os que detinham o status de cidadão romano  estavam aptos para participar do ritual. De maneira geral, homens livres com aproximadamente dezessete anos de idade realizavam o juramento militar. Caso um escravo romano   participasse do ritual do sacramentum sem a permissão de seu senhor, seria passível de pena de morte.

Em alguns períodos da história romana, contudo, tal conduta foi flexibilizada, como no período das Guerras Púnicas, em que escravos foram libertados para realizar o sacramentum. Encontramos outro exemplo durante o governo do imperador Nero: ao não obter resposta de alguns cidadãos ao chamado militar, declarou livre parte dos escravos desses homens, invocando-os para a guerra.

soldado romano

 

Tito Lívio faz referência ao sacramentum realizado pelo exército romano durante o período da segunda guerra púnica. Segundo o historiador romano, o sacramentum implicava no dever de obediência dos militia às ordens dos cônsules. Um compromisso também era feito entre os companheiros de batalha, em que se ficava entendido que eles não se retirariam da luta, a menos que tivessem como objetivo se armar, atacar um inimigo, ou, ainda, salvar um cidadão romano.

 

JURAMENTO DO LEGIONÁRIO ROMANO

Roma, oh minha pátria...

Eu […], desejando alistar-me hoje nas fileiras da Legião Romana, e reconhecendo que por mim mesmo, prestarei serviço digno, encheis de vós força da união e honrada Roma, a fim de que os meus atos sejam sustentados pela vossa existência, tornando-me instrumento dos vossos soberanos desígnios, para bem do povo romano!

Reconheço também que, tendo eu vindo regenerar o mundo, glorificar pelo estandarte que atribuístes a mim, que sem ele não podemos conhecer-nos como soldados de Roma!

As vitórias serão pelos meus dons, virtudes e graças, que foram distribuídos no treinamento e querer representar a honra e a força da legião onde ingressei! As derrotas, um meio de aprender com meus erros para ser um mais completo soldado da minha Roma!

Reconheço, enfim, que o segredo do perfeito serviço legionário consiste na união total com a força de Marte e a benção de Júpiter que Vos está inteiramente unida.

Por isso, empunhando o estandarte da Legião que simboliza a nossos olhos todas estas verdades, apresento-me diante de Vós como soldado e filho de Roma, e proclamo a minha completa dependência d’Ela. À legião dou minha alma, para proteger o legionário que está ao meu lado. Repetimos as palavras de outrora: "Eis aqui um soldado de Roma"; e mais uma vez vindes, minha pátria, por Seu intermédio, operar grandes feitos!"

 

O ritual do sacramentum também tinha implicações jurídicas. Os soldados gozavam de certa imunidade legal, uma vez que deveriam ser julgados apenas em cortes militares, em que civis raramente ganhavam suas causas. O poeta Juvenal  satiriza esses benefícios advindos do juramento militar.

 

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Nota: Os  textos Domingo, Páscoa…, Batismo: a alegria da água e  Sacramentum  foram publicados para  refletirmos sobre a importância do estudo da Bíblia em seu contexto histórico, nas dimensões política, social, cultural e econômica, com o objetivo de alcançarmos o significado espiritual das Escrituras.

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PARA REFLETIR:

 

Batismo. Purificação pelo Espírito; submersão no Espírito. Preferimos “deixar o corpo e habitar com o Senhor”. (2 Coríntios 5:8.) – Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy.

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